STF anula condenações e coloca Lula em 2022

O ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva está apto a concorrer às eleições majoritárias de 2022. Por 8 votos a 3, o Supremo Tribuna Federal confirmou, nesta quinta-feira (15), a decisão do ministro Edson Fachin de anular todas as condenações do petista, impostas pela Justiça Federal do Paraná, dentro da Operação Lava Jato. O STF rejeitou o recurso da Procuradoria-Geral da República que buscava reverter a anulação das condenações.

O julgamento de hoje afeta quatro ações penais contra o ex-presidente. São eles: os casos do tríplex do Guarujá, do sítio de Atibaia, a que envolve a sede do Instituto Lula, e a que apurou as doações para a entidade do petista.

Lula, logo após a decisão ministro Fachin, no início de março, em coletiva afirmou que é pré-candidato à presidência da República, deixando aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), pretenso candidato à reeleição, em estado de alerta. Mais uma vez, a exemplo de 2018, a polarização do tabuleiro eleitoral deve ficar entre “petismo” e antipetismo”.

Fachin, ao se posicionar contra recurso da PGR para manter os processos em Curitiba, reafirmou os argumentos que deu em sua decisão de 8 de março, indicando que caberia à 13ª Vara Federal de Curitiba casos relacionados que tenham prejudicado exclusivamente a Petrobras, com base em precedentes firmados pelo STF, segundo Fachin.

Com a decisão, os processos que tramitaram na então Vara comandada pelo ex-juiz Sérgio Moro ficam sob responsabilidade de outros magistrados, que dificilmente julgarão o processo antes do próximo pleito presidencial.

O julgamento terá continuidade no próximo dia 22 com a apreciação da suspeição do ex-juiz Sergio Moro, cuja atuação ao condenar o ex-presidente Lula foi considerada parcial pela Segunda Turma do STF, presidida pelo ministro Gilmar Mendes.

O plenário do Supremo começou a discutir, nesta quinta, sobre o envio do Paraná para o Distrito Federal dos processos da Operação Lava Jato contra Lula. A maioria concordou com a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para julgar Lula, mas não entrou em consenso sobre o destino dos processos: se o Distrito Federal ou São Paulo. Esse ponto será discutido na semana que vem.

Lula, logo após a decisão ministro Fachin, no início de março, em coletiva afirmou que é pré-candidato à presidência da República, deixando aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), pretenso candidato à reeleição, em estado de alerta.

Votaram a favor da incompetência da 13ª Vara:

  • Edson Fachin, relator da ação
  • Alexandre de Moraes
  • Cármen Lúcia
  • Ricardo Lewandowski
  • Gilmar Mendes
  • Dias Toffoli
  • Luís Roberto Barroso
  • Rosa Weber

Votaram contra a incompetência da 13ª Vara:

  • Nunes Marques
  • Marco Aurélio Mello
  • Luiz Fux (presidente do Supremo

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