General nega ameaça, mas prega o voto impresso

Durante a inauguração da antena de recepção multissatelital do governo federal, no Ministério da Defesa, o ministro Braga Netto negou ter feito qualquer ameaça às eleições de 2022, condicionando o pleito ao voto impresso, em discussão na Câmara dos Deputados.

Durante o evento, que contou com a presença do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o ministro leu uma nota oficial, onde nega ter dado declarações sobre o tema, mas defende o voto impresso. “A discussão é legítima”, diz ainda, na nota.

A questão é: não compete ao general ou às forças armadas entrarem nessa pauta. É uma discussão que compete ao Congresso Nacional.

Confira a nota:

“Hoje, foi publicada uma reportagem na imprensa, que atribui a mim mensagens tentando criar uma narrativa sobre ameaças feitas por interlocutores a presidente de outro poder. O ministro da Defesa não se comunica com os presidentes dos poderes por meio de interlocutores. Trata-se de mais uma desinformação que gera instabilidade entre os poderes da República e um momento que exige a união nacional. O Ministério da Defesa reitera que as Forças Armadas atuam e sempre atuação dentro dos limites dentro previstos na Constituição”, disse o ministro há pouco.

“A Marinha do Brasil, o Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira são instituições nacionais, regulares e permanentes, comprometidas com a sociedade, com a estabilidade institucional do país e com a manutenção da democracia e da liberdade do povo brasileiro”, prosseguiu.

“Acredito que todo o cidadão deseja maior transparência e legitimidade no processo de escolha de seus representantes no Executivo e no Legislativo em todas as instâncias. A discussão sobre o voto eletrônico auditável, por meio de comprovante impresso, é legítima, defendida pelo governo federal e está sendo analisada pelo parlamento brasileiro a quem compete decidir sobre o tema”, concluiu o ministro.

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