Ricardo pede desbloqueio de R$ 6,5 milhões

O ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) pediu ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, a suspensão de um bloqueio de R$ 6,5 milhões imposto pela Justiça da Paraíba, no âmbito da Operação Calvário, deflagrada em dezembro de 2018.

O bloqueio foi autorizado, em junho de 2020, pelo juiz José Guedes de Cavalcanti Neto, da 3ª Vara Criminal de João Pessoa. O pedido foi feito pelo Ministério Público da Paraíba, através do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). Outras 12 pessoas, que também respondem por corrupção, peculato e dispensa ilegal de licitações, tiveram valores bloqueados.

Trata-se do valor mínimo apurado pelo Ministério Público da Paraíba de supostos desvios ocorridos na saúde do estado, quando Ricardo Coutinho era governador, entre 2011 e 2019.

O processo é resultado da Operação Calvário, que investigou a contratação, mediante pagamento de propina, da organização social Cruz Vermelha do Brasil, filial Rio Grande do Sul, para gerir hospitais públicos na Paraíba. Ricardo é acusado de ser o comandante da organização criminosa.

A defesa do socialista quer que o caso tramite na Justiça Eleitoral, por envolver, segundo os advogados, pagamento de R$ 200 mil em espécie na campanha eleitoral de 2010. O Ministério Público diz que era um pagamento antecipado de propina por parte de Daniel Gomes, executivo da Cruz Vermelha, para ganhar os contratos.

A defesa, no entanto, alega caixa 2 e quer que todo o processo vá para a Justiça Eleitoral do estado. Como o bloqueio também foi determinado na Justiça comum, os advogados pediram a suspensão da medida.

Com informações de O Antagonista.

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