Wallber culpa imprensa e denuncia uso da máquina

O deputado estadual Wallber Virgulino, pré-candidato a prefeito de João Pessoa, usou as redes sociais na sexta-feira (07) para criticar o posicionamento da mídia em relação a polarização dos espaços por duas pré-candidaturas, e com acusações fortes sobre abuso do poder econômico. “João Pessoa não tem só dois pré-candidatos, tem muito mais”, disse. É verdade, são 16 pré-candidatos a prefeito.

O Patriota, partido do qual Wallber é presidente estadual, é o autor da primeira representação por propaganda eleitoral antecipada, nessa pré-campanha, contra o ex-senador Cícero Lucena, pré-candidato do Progressista. Não estamos aqui para questionar o mérito da ação, deixemos para a Justiça Eleitoral, que tem competência para tal.

Wallber também faz um alerta ao Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba e ao Ministério Público Federal, leia-se a Procuradoria Regional Eleitoral, para que fiscalizem a pré-campanha. “Comecem a fiscalizar, ficar de olho para que a máquina pública da Prefeitura e do Estado, e dos grandes grupos políticos, não faça a diferença. O candidato tem que ganhar no voto, não com esse tipo de estratégia”.

Quando em fala em uso da máquina pública, ele poderia estar se referindo a Edilma Freire, pré-candidata do prefeito da Capital, Luciano Cartaxo, que busca eleger a pedagoga como sucessora. Já o Cidadania, partido do governador João Azevêdo, tem dois pré-candidatos, mas ainda não se decidiu, seja por candidatura própria ou se aliar com um nome de outro grupo.

E foi além: “O poder econômico está valendo. As pessoas recebem dinheiro para divulgar falsas pesquisas, falsas expectativas, tenta colocar na cabeça do povo que esses dois indivíduos são os melhores para João Pessoa. Quem gasta dinheiro com a imprensa, do modo que essas pessoas gastam, não querem o bem do povo”.

Ao falar que a mídia já escolheu os seus prediletos, essa polarização, deputado, é preciso que se diga, não é culpa da imprensa, ou apenas toda dela. Em todas as campanhas eleitorais, uns se destacam mais que outros, seja pela história que carrega, seja pelo partido e seus correligionários e, até mesmo, pelas alianças que os cercam. Isso tudo pode até produzir efeitos e sensação de “beneficiar” A ou B.

É preciso ter cuidado com a generalização das palavras. Óbvio que, quando o grupo que está na disputa tem Governo nas mãos – seja este estadual ou municipal -, pode parecer uma vantagem. Mas, a história política da Paraíba e de João Pessoa, nas últimas eleições, tem mostrado que não adianta ter poder, exige “gogó” para convencer e reverter em voto.

Ah! Não podemos esquecer que essa campanha também é atípica. Devido a pandemia do novo coronavírus, as redes sociais são o “novo normal” da pré-campanha. Existe liberdade, pode-se impulsionar, só não pode pedir voto expressamente. Defendo desde sempre a igualdade dos espaços entre todos, preconizando o que diz a legislação eleitoral. E, os eleitores, esses estão sim mais conscientes. Assista ao vídeo:

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