O ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) fez uma avaliação da participação da campanha eleitoral no 1º Turno das Eleições em João Pessoa. Ele obteve 10,68% dos votos válidos (38.969) ficando em sexto lugar na disputa. “Precisávamos ter enfrentado esse processo”, disse.
Ricardo decidiu disputar a Prefeitura de João Pessoa, que já comandou por dois mandatos consecutivos, talvez tentando ‘medir’ o estrago provocado pela Operação Calvário, deflagrada em dezembro de 2018. Investigado pelo Ministério Público da Paraíba (Gaeco), ele é acusado de ser o comandante de organização criminosa que teria desviado mais de 134 milhões das áreas da saúde e educação do Estado.
Ricardo diz ter sido perseguido e que todos, leiam-se partidos, governos, instituições e a mídia, teriam se unido contra sua candidatura a prefeito da Capital. A bem verdade, sabemos muito bem que a culpa é do próprio Ricardo.
Sobre a possibilidade de apoio, o socialista não teceu comentários e, provavelmente, deve liberar a militância e os eleitores fieis. Mas, os dois que seguem na disputa no 2º Turno – Cícero Lucena (Progressistas) e Nilvan Ferreira (MDB) – já rechaçaram o apoio publicamente.
Confira a nota na íntegra:
“Aos que caminharam conosco e ao povo de João Pessoa.
Fizemos a luta do possível e até do impossível. Assistimos a uma unidade que somou partidos, governos, instituições de Estado, mídia comercial dependente dos Poderes Públicos, todos unidos numa tessitura perseguidora e difamatória, alinhavada com muita desinformação. Estranhamente, o TSE resolveu julgar, às vésperas da eleição, um processo que o TRE havia nos inocentado, e, à frequência das calúnias, foi incorporada a divulgação de que, caso o eleitor votasse em nossa chapa, teria o voto invalidado.
Ficou claro que uma vitória nossa não seria permitida. Isso não era desconhecido pela nossa candidatura. Mesmo assim, não desistimos porque o intuito principal da nossa campanha foi resguardar vivo o sentimento de um projeto totalmente diferente dos demais que se apresentaram. Isso foi cumprido.
Agradeço a cada um dos que caminharam ao nosso lado, aos companheiros do PSB e àqueles do PT que foram fiéis aos interesses do povo, aos que não puderam se expor mas sufragaram meu nome e o de Paula Frassinete, dos que entenderam que a manipulação falso-moralista interessava apenas aos que nenhuma moral tem.
Ao final da campanha, ficou também evidente, para nós e para nossa aguerrida militância, que precisávamos ter enfrentado esse processo. Não podíamos nos acovardar diante dos verdadeiros inimigos do povo. Era e é preciso continuar a defender o melhor projeto que já governou João Pessoa e a Paraíba.
Saudações aos que tem coragem.
Ricardo Coutinho
Paula Frassinete
Antônio Barbosa”
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