Bruno culpa imprensa por ter criticado Bolsonaro

Será que é mesmo culpa da imprensa? O ecletismo da política faz com que o eleitor se depare, a cada eleição, com situações no mesmo estilo: “meu adversário de hoje pode ser meu aliado de amanhã”.

Ou vice-versa. Neste domingo (27), o pré-candidato ao Senado, Bruno Roberto (PL), usou o Twitter para justificar supostos prints antigos em que criticava o presidente Jair Bolsonaro, hoje aliado dele e do pai.

Não seria mais simples assumir as críticas, feitas em um determinado momento, do que culpar a imprensa. A informação foi democratizada há tempos. As mesmas fontes – tradicionais ou online – de hoje são as de ontem, ou melhor, de 2018.

“Circula alguns prints de tweets antigos meus com críticas a Gestão Federal e ao PR [presidente] Bolsonaro, na época não possuíamos alinhamento político, tampouco conhecia as ações e benfeitorias do seu Governo, influenciado por notícias distorcidas e falsas…”, escreveu Bruno, que tem Bolsonaro como avalista.

Também voltaram a circular vídeos do pai de Bruno, o deputado federal Wellington Roberto, presidente do PL na Paraíba, quando da votação do impeachment de Dilma Rousseff (PT) e ele disse ‘Não’. E daí? Passou.

Quer mais? O senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB), pré-candidato ao Governo com o apoio do PT de Dilma e Lula. Mas, na dita votação, ficou contra a petista. Hoje, estão de mãos dadas.

De lá para cá, muita coisa aconteceu na política. Poderia citar inúmeros exemplos desse “puxa, encolhe”. É preciso assumir as atitudes até porque político e política são feitos de momentos e conveniências.

Não há dúvidas de que essas eleições, muito mais do que as de 2018, serão marcadas por fake news, desinformação e informações “ressuscitadas” para mostrar os dois lados da moeda.

Toda informação tem dois lados, é fato. E um deles sempre vai ficar #xatiado, a depender do que se quer enxergar e/ou defender.

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