MPF pede indenização para vítimas da Covid-19

O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) acionou a Justiça para que a União pague indenização para famílias e vítimas da Covid-19.

Na ação civil pública, o órgão afirma que o governo federal agiu de forma “omissa e injustificada na aquisição tempestiva de vacinas e na realização de campanhas informativas e educacionais”.

O órgão solicita pagamento de indenização por danos morais e materiais no valor de R$ 100 mil a parentes de mortos, e de R$ 50 mil para sobreviventes com sequelas graves.

Pede ainda que o governo mapeie e formule política pública de assistência à “Covid Longa”, e repasse R$ 1 bilhão ao Fundo Federal dos Direitos Difusos, por dano moral coletivo, para ser usado em ações, programas ou projetos de desenvolvimento científico.

A ação será analisada pela Justiça Federal no DF. A Advocacia-Geral da União informou que “a União ainda não foi intimada na referida ação”.

Até essa terça-feira (14), o Brasil tinha registrado quase 22,2 milhões de casos de Covid-19, e 617.121 mortes pela doença.

Fake news – No documento, assinado por cinco procuradores da República, o MPF pede ainda uma declaração expressa de desculpas do governo brasileiro às famílias das vítimas.

Segundo o órgão, a União deve ser responsabilizada por atos praticados “dolosa e culposamente”, por diversos agentes públicos, na condução da pandemia do coronavírus.

Os procuradores afirmam que o Executivo também foi omisso ao coordenar o combate à pandemia, já que é responsável pelo Sistema Único de Saúde (SUS), e ao não ampliar o número de testes para detecção da doença.

Diz ainda que os gestores federais optaram por condutas que dificultaram o controle do vírus, “como a opção ilegal e anticientífica na busca pela imunidade de rebanho e a consequente adoção do chamado ‘tratamento precoce'”.

O MPF ressalta ainda que integrantes do governo União divulgaram informações falsas e/ou equivocadas à população, principalmente sobre medidas não farmacológicas de contenção do vírus e da segurança e eficácia das vacinas.

“De fato, não se observou liderança nacional, na área da saúde, fazendo campanhas informativas em TV, rádio, internet e mídias impressas, com o objetivo de conscientizar a população acerca da necessidade de isolamento, do distanciamento, do uso de máscaras ou apoiando as medidas de contenção e fechamento de serviços não essenciais decretadas pelos governantes locais”, dizem os procuradores.

Com informações do G1 DF

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