Licenciado da presidência nacional do PTB, o ex-deputado Roberto Jefferson, afirmou, em nova carta escrita da prisão, que o partido não deve mais apoiar o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nas eleições de 2022.
No texto, ele não só anuncia o rompimento, como diz que o PTB pode ter uma candidatura própria no ano que vem e que deve convidar o vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) para se filiar.
Jefferson, que está preso acusado de integrar milícias digitais em ataques à democracia, diz que Bolsonaro “fraquejou” após os atos de 7 de Setembro, ao não ter aplicado um golpe de estado.
“Todo o povo saiu às ruas para dizer, eu autorizo, não havia volta, não havia transigência com as velhas práticas. Mas por algum motivo, Bolsonaro fraquejou. Não teve como seguir. Escrevo isso insone. Não preguei meus olhos. Esse pensamento queimou minhas pestanas, não consegui fechar meus olhos e dormir. Vamos por nós mesmos”, disparou o petebista.
Na carta, ele incluiu a filha Cristiane Brasil, que passa por processo de expulsão na legenda, no grupo dos “viciados em velhas práticas”, disse concordar com sua expulsão do PTB e sugeriu a Bolsonaro que também rompa com os filhos.
“Ruptura com a corrupção tem um peso, leva gente que nós gostamos. Não é fácil afastar um filho, sei a dor de afastar a Cristiane”, escreveu. Para Jefferson, “Bolsonaro precisava peitar. Se os filhos atrapalham, remova-os”.
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