Bolsonaro se reúne com Fux e fala em contagem pública

A conversa de 20 minutos com o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, parece ter aberto a cabeça do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Na pauta oficial, a indicação de André Mendonça, ministro-chefe da Advocacia-Geral da União, para a vaga do ministro Marco Aurélio Mello, que se aposentou.

Na pauta extraoficial, a agressão verbal do presidente contra o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, por conta da implantação do voto impresso, defendido por Bolsonaro. Ao sair da reunião, em conversas com jornalistas, disse que se a proposta de implantação do voto impresso não passar no Congresso Nacional, vai requerer ao Tribunal Superior Eleitoral que os votos sejam contados de forma pública.

“[Se o Congresso não aprovar], nós vamos querer, daí – e eu respeito o Parlamento brasileiro -, vamos querer a contagem pública dos votos, isso já é lei”, disse Bolsonaro. A fala mais branda do presidente vem após o discurso de que se não não houvesse o voto impresso, não haveria eleições em 2022.

A fala, inclusive, provocou um discurso mais agressivo por parte do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, de que aquele que fosse contra as eleições seria “inimigo da nação”. Disse ainda que o Congresso é quem vai decidir sobre a questão do voto impresso.

Nesta segunda-feira à noite, o presidente voltou a defender o voto impresso como maneira de garantir um processo eleitoral, segundo ele, à prova de fraudes. Sobre os atritos com a Corte, Bolsonaro frisou que seu “problema” é com Luís Roberto Barroso, presidente do TSE, e que refuta a ideia da mudança eleitoral proposta pelo ministro, que foi chamado de “idiota” e “imbecil”.

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