Presidentes de 11 partidos fecharam acordo contra a Proposta de Emenda à Constituição 135/2019, que institui o voto impresso auditável para as eleições de 2022, que tramita na Câmara Federal. O argumento é o de que “o assunto não é prioridade no momento” e o atual sistema de votação é “confiável”. A informação é do O Antagonista.
Participaram do encontro virtual os presidentes dos seguintes partidos: PSDB, MDB, Progressistas, Democratas, Solidariedade, PL, PSL, Cidadania, Republicanos, PSD e Avante. Muitos desses, aliados do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), defensor árduo da proposta. As siglas representam cerca de dois terços do Congresso Nacional, num total de 326 deputados federais e 55 senadores.
Os dirigentes partidários também defenderam que não haveria tempo para a implementação das mudanças sugeridas. O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (Progressistas), ainda será informado.
O voto impresso, nos últimos meses, havia se tornado uma das principais bandeiras do bolsonarismo, capitaneado pela deputada Bia Kicis (PSL), autora da proposta, já aprovada na Comissão de Constituição e Justiça e começará a ser discutida em comissão especial, próximo mês. A PEC deve ser aprovada até outubro, um ano antes das eleições, para valer em 2022.
Já o presidente do Tribunal Superior Eleitoral, ministro Luís Roberto Barroso, vinha fazendo duras críticas às mudanças. Ele diz que voto impresso diminui a segurança das eleições. “Na recontagem, vai sumir voto e aparecer voto. Isso tudo vai diminuir a segurança”, afirmou em audiência pública no Congresso Nacional, semana passada.
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