Faleceu na noite desta segunda-feira (08), em decorrência de complicações pela Covid-19, o senador José Maranhão, presidente estadual do MDB, aos 87 anos. Ele estava internado desde o dia 04 de novembro no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, transferido de João Pessoa, a pedido da família.
Natural de Araruna, Zé Maranhão, como era carinhosamente conhecido, começou a carreira política, eleito deputado estadual em 1955 pelo PTB. Em 1967, se filiou ao MDB, onde comandou a legenda até hoje. Era naturalmente querido pelos eleitores, sejam de qual bandeira partidária fosse. Se orgulhava de ser um político com a ficha limpa.
Era um homem de posições firmes e pensamentos coerentes, mas que conseguia impor e se impor e participou efetivamente de momentos políticos decisivos para o País. Foi deputado estadual, deputado federal, vice-governador e governador da Paraíba por três mandatos. Atualmente, ocupava o cargo de senador da República.
Maranhão deixa um legado que poucos políticos poderão bater no peito e mostrar uma vida pública como a vivida por ele. Para os que o conheceram de perto, como eu, era um homem educado, gentil e brincalhão. Era apaixonado pela política tanto quanto era pela aviação. Pilotar, para ele era vida, além de vocação.
Maranhão testou positivo para a Covid-19 no dia 29 de novembro, data do 2º turno das eleições municipais. O senador participou efetivamente das atividades ao longo da campanha. No dia da votação, ao lado do candidato da legenda, o comunicador Nilvan Ferreira. Ao final da tarde, passou mal e foi levado ao Hospital da Unimed, na Capital, permanecendo na unidade.
Quatro dias depois, após apresentar quadro de insuficiência respiratória grave, foi levado à São Paulo. Durante todo o tempo esteve acompanhado pela filha, Alice Maranhão, e desde o dia 31 de dezembro, pela esposa a desembargadora Fátima Bezerra.
Maranhão deixa três filhos: Maria Alice, Leônidas e Letícia. Além de dois netos, Maria de Fátima e José Neto.
Intubado, os médicos fizeram uma tentativa de extubá-lo no início de dezembro. Não funcionou e o senador voltou novamente a respirar com ajuda de aparelhos. Na semana do Natal, foi extubado, mas precisou passar por uma traqueostomia devido a problemas nos pulmões. Também em dezembro, ele precisou fazer diálise devido a complicações nos rins.
Ainda assim se manteve lúcido e sorridente, segundo a desembargadora Fátima Bezerra, esposa do emedebista. Em conversa com o Blog, ela se mostrava confiante na recuperação de Maranhão. No dia 31, Fátima Bezerra embarcou para São Paulo para ficou com o senador na passagem de Ano Novo.
A informação obtida pelo Blog, nos últimos dias, é que, apesar de todos os esforços médicos, os pulmões de Maranhão não estavam mais respondendo à medicação e continuava com a diálise.
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