10ª fase da Calvário na rua e Coriolano é preso

Irmão do ex-governador Ricardo Coutinho, Coriolano Coutinho foi preso preventivamente, na manhã desta quarta-feira (09), na 10ª fase da Operação Calvário. Ele é acusado de descumprir as medidas judiciais em relação à prisão domiciliar, impostas pelo Tribunal de Justiça da Paraíba, na 7ª fase (Juízo Final), quando também foi preso e liberado sob cautelares.

Coriolano foi levado à Central de Polícia em João Pessoa e, no início da tarde, foi transferido para a Penitenciária Média de Mangabeira, onde ficará em um pavilhão para presos especiais. Confira o vídeo da prisão abaixo.

O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado do Ministério Público da Paraíba (GAECO/MPPB) cumpriu mandados de busca e apreensão na residência de Coriolano, em João Pessoa, e no sítio de propriedade dele, em Bananeiras, no Brejo.

A 10ª fase, que conta com a parceria da Controladoria Geral da União na Paraíba, tem objetivo dar continuidade às investigações inerentes à atuação de organização criminosa, por meio da contratação fraudulenta de Organizações Sociais (OS), para gerir os serviços essenciais da saúde e da educação no Estado.

Estão sendo cumpridos um mandado de prisão preventiva e dois de busca e apreensão nas cidades de João Pessoa e Bananeiras. O trabalho conta com a participação de dois auditores da CGU e de 12 servidores do GAECO/MPPB. O mandado de prisão preventiva de investigado é decorrente do não cumprimento de medida cautelar, qual seja, o monitoramento eletrônico.

Investigação – As investigações da Operação Calvário, iniciadas em 2018, buscavam apurar irregularidades praticadas na Paraíba por organização criminosa composta por Organizações Sociais (OS), empresas comerciais e agentes públicos e políticos. Os trabalhos investigativos são conduzidos por diversos órgãos de combate à corrupção no Estado, que atuam em fases específicas da Operação, conforme a origem dos recursos públicos envolvidos.

Os levantamentos apontaram que, no período de 2011 a 2019, somente em favor das OS contratadas para gerir os serviços essenciais da saúde e da educação, o Governo da Paraíba empenhou R$ 2,4 bilhões, tendo pago mais de R$ 2,1 bilhões, dos quais estima-se um dano ao erário de mais de R$ 134 milhões.

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