O ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) publicou um vídeo nas redes sociais, onde afirma ter se candidatado a prefeito de João Pessoa, nas eleições deste ano, “sabendo que seria uma disputa desleal”. Faltando quatro dias para o 1º Turno das Eleições 2020, o socialista tenta manter a militância ‘viva’.
Ele chama de “maior farsa política da história da Paraíba”, a Operação Calvário, deflagrada em dezembro de 2018, e que levou à prisão o ex-governador, o irmão Coriolano Coutinho e quase todo o 1º escalão do Governo estadual.
O Gaeco – força-tarefa do Ministério Público da Paraíba – acusa Ricardo de ser o comandante de um organização criminosa que desviou mais de R$ 134 milhões das áreas de saúde e educação, através de organizações sociais, como a Cruz Vermelha, que geria o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa.
Ricardo insistiu que a candidatura a prefeito está mantida e que disputará o 1º Turno das eleições, próximo domingo, desconsiderando a inelegibilidade decretada pelo Tribunal Superior Eleitoral, por maioria de votos, durante julgamento de Recursos Extraordinários, na terça-feira (10), à noite.
“Vamos juntos vencer às injustiças. Quero tranquilizar o povo de João Pessoa. A decisão de ontem não interfere nas eleições deste domingo. Estão tentando influenciar o processo eleitoral de forma injusta, mas a vontade do povo é soberana! Minha candidatura está deferida pelo TRE e é irreversível”, disse na rede social Instagram.
Em áudio divulgado ainda ontem, mais uma vez, o ex-governador culpa setores da imprensa, como se a mídia fosse parte integrante da Justiça e não um setor (a grande maioria) que tem como fontes, órgãos oficiais e que tem compromisso com a informação, ouvindo todos os lados.
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