O ex-governador Ricardo Coutinho (PSB) virou réu em mais mais denúncia apresentada pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado) à Justiça da Paraíba. A denúncia foi aceita pelo juiz Manoel Abrantes, da 1ª Vara Criminal de Mangabeira e envolve o Canal 40, espécie de quartel general socialista, e usado como base central para as campanhas eleitorais de Ricardo, desde a candidatura para governador do Estado, em 2010.
O Ministério Público da Paraíba já denunciou o ex-governador, que é pré-candidato a prefeito de João Pessoa, por oito vezes e, com essa denúncia acatada pela Justiça, Ricardo já é réu em três ações provenientes das investigações da Operação Calvário, deflagrada em dezembro de 2018, e que colocam Ricardo como chefe de uma Organização Criminosa (Orcrim).
Localizado no bairro de Mangabeira, em João Pessoa, o Canal 40 teria sido reestruturado através de ‘permutas’ com empresas cujo objetivo era maquiar os desvios de recursos públicos e pagamentos de propinas já presentes nas denúncias dentro da Calvário.
De acordo com a denúncia, “nas operações de reforma e decoração do CANAL 40, em benefício de RICARDO VIEIRA COUTINHO, houve o emprego de diversos estratagemas para a dissimulação e ocultação: a) da origem ilícita dos recursos empregados, advindos de crimes antecedentes através de inúmeras empresas e organizações sociais manietadas pela ORCRIM, consoante se extraí das inúmeras denúncias já formuladas e b) dos proprietários de fato e possuidores do imóvel onde funcionava o CANAL 40, bem como de suas benfeitorias e, por consequência, do destinatário do dinheiro sujo empregado nesses processos: o ex-governador RICARDO VIEIRA COUTINHO e sua família”.
Além de Ricardo, também são réus no processo Coriolano Coutinho (irmão do ex-governador), Valéria Vieira Coutinho, Paulo Cesar Dias Coelho, Livânia Maria da Silva Farias, Ivan Burity de Almeida e Maria Laura Caldas de Almeida Carneiro.
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