Lava Jato: doações a partido e propinas na PB

A Polícia Federal, em cooperação com o Ministério Público Federal, deflagrou, na manhã desta terça-feira, a 73ª Fase da Operação Lava Jato, denominada “Ombro a Ombro”. A operação, que é um braço da Lava Jato, investiga uma Organização Criminosa (Orcrim) formada por executivos de grandes empreiteiras, que, por meio da formação de cartel e pagamento sistemático de propina a diretores da Petrobras, fraudava o caráter competitivo de licitações realizadas pela estatal.

As irregularidades cometidas em detrimento da Petrobras foram trazidas à tona no bojo da Operação Lava Jato. Conforme o blog adiantou, cerca de 60 policiais federais cumprem 15 mandados de busca e apreensão em Brasília, João Pessoa, Cabedelo e Campina Grande. Nessa fase, a Polícia Federal apura supostos delitos de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Os alvos não foram divulgados.

Conforme apurado o investigado teria solicitado e recebido pelo menos R$ 4 milhões, a fim de “blindar” os executivos das grandes empreiteiras, envolvidas no esquema de corrupção que vitimou a Petrobras. Declarações prestadas por executivos de uma grande empreiteira, em acordos de colaboração premiada, as vantagens indevidas destinadas ao investigado teriam sido pagas pela empreiteira por meio de doação a um partido político e repasses a empresas sediadas na Paraíba.

Os pagamentos feitos pela empreiteira a tais empresas foram justificados em contratos fictícios ou superfaturados, e os valores respectivos seriam sacados pelos representantes das empresas e entregues em espécie a intermediários do investigado.

Ombro a Ombro – O nome da operação é uma alusão à origem histórica das CPIs. Segundo historiadores, tal origem pode ser associada a reuniões praticadas por monges budistas há milhares de anos, quando se sentavam em círculo (ombro a ombro) no sopé das montanhas, para meditar e apurar causas do mal-estar geral.

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