“O inimigo está na cadeira de governador, no Palácio da Redenção”. A frase dita pelo presidente do PTB na Paraíba, Nilvan Ferreira, marcou o lançamento oficial da pré-candidatura do comunicador ao Governo, em coligação com o Patriota, que indicará a vaga ao Senado na pretensa chapa.
Com discurso duro, Nilvan mostrou que o tom da campanha será de “guerra”. O companheiro escolhido para a empreitada é o deputado estadual Wallber Virgulino, que preside o Patriota, e opositor a João Azevêdo, pretenso candidato à reeleição.
Agora, o discurso de “ódio” precisa ser substituído por argumentos, números, fatos. Só a “grita” não vai ganhar campanha.
O vereador pessoense Carlão Pelo Bem, do Patriota, seria o nome indicado para compor a vaga ao Senado. Em 2022, a Paraíba terá apenas uma cadeira na disputa.
Wallber, aliás, iniciou o discurso com um pedido de desculpas ao agora aliado. Os dois não saíram amigos das eleições municipais de 2020, quando disputaram a Prefeitura de João Pessoa. O parlamentar disse que não sabe perder, mas sabe reconhecer.
Nilvan pediu união do grupo das oposições. Segundo ele, interessa ao Governo que ele e Wallber estejam “distante” e que outros setores da oposição estejam divididos. “Só quem ganha com isso é o governador. E ele corre o risco de ser reeleito”, disse.
E mais: “Nós somos o remédio contra eles. Temos uma coisa que eles não têm: o respeito do povo da Paraíba”. A busca pela oposição, já fragmentada, passa pelo PSDB que anunciou a pré-candidatura de Pedro Cunha Lima na última segunda-feira.
O “empecilho” seria o fato de que o PSDB tem um pré-candidato a presidência da República – João Dória – e o PTB e o Patriota são “eleitores” fieis do presidente Jair Bolsonaro. Como se sabe que na política tudo é possível, melhor esperar um pouco mais o desenrolar dos acontecimentos.
Mas, a aliança da direita bolsonarista não inclui conversas com o ex-prefeito da Capital Luciano Cartaxo, que colocou o nome na mesa do PT, partido ao qual voltou, semana passada, e com o ex-governador Ricardo Coutinho.
Restaria colocar no grupo o deputado estadual Cabo Gilberto Silva, hoje filiado ao PSL (futuro União Brasil) e o Pastor Sérgio Queiroz, ainda sem partido, mas que deu pistas que pode disputar cargo em 2022.
Pré-candidato ao Governo, o líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa precisa, primeiro, decidir para qual partido irá. Segundo a rádio peão, a alternativa mais próxima seria o PL.
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