Após reunião na tarde desta quarta-feira (17), em clima de conciliação, afirmaram as lideranças, o PL informou que está pronto e alinhado para receber o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
Durante o encontro, realizado em Brasília, os dirigentes regionais decidiram dar “carta branca” ao presidente do partido, Valdemar Costa Neto, conduzir o processo de filiação que estava previsto para a próxima segunda-feira (22).
A solenidade acabou cancelada no último final de semana após divergências envolvendo o diretório do PL em são Paulo e o possível apoio ao PSDB que, agora, será retirado.
Ele será encarregado de montar os palanques estaduais e dirimir eventuais problemas regionais após o ingresso de Bolsonaro no partido.
Também ficou estabelecido que, neste primeiro momento, o PL não irá formalizar coligações com o PT ou demais partidos de esquerda.
Ao longo do encontro, os integrantes do PL concluíram que, apesar dos acordos locais, o fato de ter um candidato à presidência da República pode impulsionar as candidaturas à reeleição na Câmara Federal e Assembleias Legislativas.
Além da pauta voltada à filiação de Jair Bolsonaro ao Partido Liberal, a reunião conduzida por Valdemar também tratou das estratégias eleitorais, que serão traçadas nos estados.
Leia os principais termos do alinhamento entre PL e Jair Bolsonaro:
– A partir de agora, Valdemar Costa Neto vai centralizar todos os acordos regionais do PL. Ele ficará responsável por articular as alianças locais e os palanques estaduais;
– As alianças locais serão discutidas “caso a caso”, assim como eventuais consequências para o partido. Não está descartada a destituição de presidentes de diretórios regionais ou intervenção da executiva nacional em caso de desobediência em relação às determinações de Valdemar Costa Neto;
– O PL deve se comprometer a não formalizar coligações com partidos de esquerda ou com o PT nos Estados;
– No caso de diretórios regionais em Estados que têm acordos com a esquerda, como Alagoas e Piauí, a executiva nacional vai pedir às direções partidárias que elas mantenham posição de neutralidade, sem necessariamente dar palanque a partidos como o PT e PCdoB;
– No caso de São Paulo, a executiva nacional vai pedir que o diretório estadual desista do apoio à candidatura de Rodrigo Garcia, nome de João Doria para a sua sucessão no estado. Na reunião de hoje, porém, a ala paulistana se mostrou reticente a essa possibilidade;
– Na reunião, os dirigentes estaduais foram convencidos por Valdemar e aliados de Bolsonaro que a entrada do presidente da República pode impulsionar as candidaturas de deputados estaduais e deputados federais.
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