Será preciso muito mais do que manifestações

O que as manifestações desse domingo (12), aquém do esperado sim, é fato, podem nos dizer? Primeiro, que mudar a estratégia em cima da hora, a não ser que esteja tudo muito bem alinhado, é colher o fracasso.

Segundo, as eleições nesse país vivem sim uma polarização entre o atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o ex-presidente Lula (PT). E quem quiser, que lute…

Bolsonaro e Lula já devem ter percebido no melhor estilo “sim, claro, com certeza” que estão entrelaçados até que a urna os separe. E, terceiro, para ser redundante, a terceira via precisa de um líder, e urgente. Isso, se quiser chegar até outubro de 2022.

O foco era o #forabolsonaro, mas a organização – parte do Movimento Brasil Livre e ora do Movimento Vem Pra Rua – resolveu três dias antes mudar para “Nem Lula, nem Bolsonaro”. Todos de branco, propagaram.

Mas, se não é a favor de nenhum dos dois, seria de quem? Do impeachment? Sim, e aí. Esqueceram do dia seguinte. E o país, pelo menos a grande maioria que quer uma mudança que faça sentido, que dê segurança econômica, no mínimo, esperava sim o dia seguinte. Aliás, espera.

Não é só dizer #forabolsonaro ou #lulanão, tem que mostrar a que está vindo. As manifestações de ontem tinham muitos líderes e pré-candidatos a presidente da República. Todos, convenhamos, da direita não bolsonarista. A esquerda, claro, não deu para conferir.

De Henrique Mandetta (Democratas), a Ciro Gomes (PDT) e João Amoêdo (Novo), passando por João Dória PSDB). Percebe-se que todos, em tese, querem a mesma coisa, só que cada um no seu quadrado.

Sabem a brincadeira do cabo de guerra, é disso que eu estou falando. Ou se juntam de um lado só, no caso a terceira via, ou é melhor nem entrar no jogo.

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