O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, deputado Adriano Galdino (PSB), deixou claro o posicionamento favorável à volta das coligações para as eleições do próximo ano. A Câmara Federal aprovou o retorno e, agora, cabe ao Senado, onde não encontra boa vontade para aprovação, analisar.
As coligações foram extintas em 2017 e a nova regra passou a valer nas eleições municipais de 2020. Agora, os parlamentares trabalham para voltar ao que era antes.
“No parlamento paraibano, a maioria se mostra favorável ao retorno das coligações. Entendemos que é muito ruim para a democracia fechar as portas do ‘distritão’ e também das coligações, visto que, na prática, só iríamos ter apenas 10 partidos na Paraíba, pois os demais irão caducar ou se juntar a outras siglas”, afirmou.
Para Galdino, o fim das alianças têm como base a divisão do Fundo Partidário para um menor número de legendas “A gente percebe que, por trás desse fundo ideológico que alguns colocam, existe o Fundo Partidário, que é a razão maior. Hoje temos mais de 30 partidos no Brasil e, com o fim das coligações, só vão existir no máximo dez. Logo, esse Fundo Partidário passaria a ser dividido por apenas dez siglas”, alertou o presidente.
Ele destacou que a decisão adotada na Câmara Federal tem o apoio da população e o parlamento paraibano espera que o mesmo aconteça no Senado. “Queremos debater sobre o tema e obter conhecimentos sobre o que é melhor para o sistema político paraibano para que possamos fazer política em 2022 atendendo aos anseios partidários de todos nós”, concluiu o presidente.
Dezesseis dos 33 partidos que participaram das eleições municipais de 2020 podem ter problemas para superar em 2022 a cláusula de barreira, mas os votos obtidos nas urnas causará problemas para 2022. Partidos como Solidariedade, Avante – partido que deve receber Adriano Galdino em 2022 -, Pros, PCdoB, PRTB, PV, Novo e Rede enfrentarão dificuldades.
O que vai decidir de fato a distribuição do dinheiro e do espaço na propaganda obrigatória a partir de 2027 será o resultado das eleições de 2022. Só serão contemplados partidos que tiverem ao menos 2% dos votos válidos para deputados federais, distribuídos pelo país.
Desde o ano passado, só tiveram acesso às verbas do fundo partidário e a tempo de TV as siglas que obtiveram 1,5% dos votos válidos em 2018. Isso deixou de fora, por exemplo, Rede, PHS (agora Podemos), PRP, PTC, PPL e DC. O PCdoB só escapou da cláusula por ter incorporado o PPL. O Patriota também, ao se fundir com o PRP.
Leave a Reply