Em entrevista a uma rádio da Bahia, nesta segunda-feira (09), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) admitiu que a Proposta de Emenda à Constituição do voto impresso pode ser derrotada no plenário da Câmara Federal – a votação deve ocorrer esta semana – caso não haja negociação e acordo.
Bolsonaro defende a medida, com ataques sistemáticos – o último durante motociata realizada em Florianópolis este final de semana – ao sistema de votação, enfatizando que houve fraudes. Em julho, ele prometeu apresentar provas, mas, numa transmissão ao vivo nas redes sociais, disse ter apenas indícios. O presidente também tem ameaçado não haver eleições em 2022, caso o voto impresso não seja adotado.
“Se não tiver uma negociação antes, um acordo, vai ser derrotada a proposta, porque o ministro Barroso [presidente do TSE] apavorou alguns parlamentares. E tem parlamentar que deve alguma coisa na Justiça, deve no Supremo, né. Então, o Barroso apavorou. Ele foi para dentro do Parlamento fazer reuniões com lideranças e praticamente exigindo que o Congresso não aprovasse o voto impresso”, disse Bolsonaro na entrevista que está publicada no Facebook.
Lembrando que o presidente do TSE, ministro Luis Roberto Barroso, esteve no Congresso, a convite dos parlamentares para discutir a adoção do voto impresso. Ele é contra, afirmando que seria um “retrocesso. Dos 24 partidos com representação na Câmara, 15 são contrários à proposta. Na última sexta-feira (06), a Comissão Especial aprovou parecer que recomenda ‘Não’ ao voto impresso.
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