O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou em documento enviado ao Tribunal Superior Eleitoral, nesta quarta-feira (04), que não tem feito ataques à segurança das urnas eletrônicas, mas sim defendido que o sistema seja aprimorado.
“Reitera-se, não se está a atacar propriamente a segurança das urnas eletrônica, mas, sim, a necessidade de se viabilizar uma efetiva auditagem”, diz o presidente na resposta ao corregedor-geral da Justiça Eleitoral, o ministro Luís Felipe Salomão, que havia dado o prazo de 15 dias para que Bolsonaro apresentasse provas sobre supostas fraudes nas urnas.
“Na realidade, é em nome da maior fiabilidade do sufrágio que há muito se tem defendido a necessidade de robustecer ainda mais o sistema eletrônico de votação com alguma medida física de auditagem imediata pelo eleitor, tão logo esse deposite o seu voto na urna e, se for o caso, mais tarde pela própria Justiça Eleitoral”, escreve o presidente.
Na resposta, obtida pelo UOL, o presidente não apresenta as provas. O TSE confirma que a resposta foi recebida, mas afirma que o teor está em sigilo. No despacho que pediu explicações sobre as alegações de fraude, no dia 21 de junho, Salomão havia cobrado evidências ou informações “relativas à ocorrência de eventuais fraudes inconformidades em eleições anteriores”.
Bolsonaro, no entanto, não apresentou essas evidências. No texto, ele faz referência a uma audiência pública no TSE, feita em 2018, na qual cidadãos defenderam a impressão do voto eletrônico, e citou a existência de projetos de lei nesse sentido.
Nos últimos meses, o presidente tem empreendido uma campanha pela aprovação da PEC do Voto Impresso e de ataques ao ministro Luis Roberto Barroso (TSE), além de ameaças às eleições de 2022, quando deve concorrer à releição. Bolsonaro tem repetido que sem voto impresso ou “contado”, as eleições não ocorrerão.
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