O PSOL protocolou um pedido para que o projeto de lei que anistia os envolvidos no 8 de janeiro de 2023, e outros atos antidemocráticos correlatos, seja arquivado.
O pedido foi protocolado na Casa, nessa terça-feira (19), dia em que foi deflagrada a Operação Contragolpe, da Polícia Federal, que prendeu três militares do Exército e um agente da corporação por ter planejado o assassinato do presidente Lula, do vice Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.
A deputada Sâmia Bomfim (Psol-SP)disse a jornalistas em um ato na Câmara convocado pela sigla que “há um grande complô, uma grande organização que envolve civis, militares, parlamentares e empresários que não se contentam com as liberdades democráticas”.
De acordo com os parlamentares da legenda, o perdão poderia servir de incentivo a outras tentativas de abolição do Estado Democrático de Direito.
O chamado PL da Anistia está parado, pois o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), determinou em outubro que fosse criada uma comissão especial para debater sobre o tema.
Os líderes partidários ainda não indicaram os membros do colegiado. A pressão para que o projeto seja arquivado vem crescendo depois do atentado com explosivos na Praça dos Três Poderes que terminou com a morte de Francisco Wanderley Luiz, autor dos ataques.