Federação partidária e o “jeitinho” da política brasileira

Esse “negócio” de federação partidária é muito bom. Os partidos se juntam para não serem extintos, não perder fundo partidário e ainda manter a “independência” como se não tivessem que atuar como um só, como determina a legislação.

As eleições municipais deste ano mostraram que algumas federações funcionam apenas na teoria. Na prática, é cada partido por si. Esqueçam ideologia. Sobra demagogia e falta transparência para com o eleitor, que na maioria sequer entende o que significa uma federação partidária.

A Brasil da Esperança, formada por PT, PCdoB e PV, divergiu em João Pessoa, por exemplo. Dois partidos declararam apoio a um candidato e o outro, ficou na oposição com direito a candidatura própria.

A que tem PSDB e Cidadania ficou literalmente dividida. Cada um foi para um lado.

Claro que, apesar das divergências, o apoio contrário teve que ser apenas “de boca” já que a legislação dita que uma vez em federação, as legendas têm que atuar juntos como uma coligação permanente.

Ou seja, a tal federação partidária nada mais é do que um jeitinho político de burlar a legislação eleitoral e com o bônus generoso de todas as benesses que comandar um partido traz.