Prefeitos querem gestos, mas poucos correspondem

Os heróis da resistência: os prefeitos que estiveram na reunião convocada pela Federação dos Municípios da Paraíba e os quatro integrantes da bancada federal paraibana que atenderam ao chamado para discutir os cofres vazios das prefeituras.

Não justifica a ausência dos parlamentares no encontro com os 150 gestores. Com o Congresso em recesso, e os parlamentares “soltos” nas festas de São João e São Pedro, a não ser que estejam fora do país, poderiam ter dado o ar da graça.

Na reunião desta segunda-feira, estavam o coordenador da bancada, deputado Damião Feliciano (União Brasil), além de Cabo Gilberto Silva (PL), Gervásio Maia Filho (PSB) e o senador Efraim Morais (União Brasil). A bancada tem 15 parlamentares.

Os deputados estaduais Wilson Filho e Taciano Diniz, além do prefeito da Capital, Cícero Lucena, também estiveram presentes.

O fato é que a Famup-PB tem feito a sua parte. O presidente da instituição, George Coelho, vem repetindo que as prefeituras estão à beira de um colapso, tem batido na porta dos gabinetes em Brasília. Mas, também cobra reciprocidade.

Os prefeitos estão corretos em cobrar da bancada a liberação das emendas parlamentares e que deputados e senadores batam na porta do presidente Lula, porque quando querem, conseguem, para que o governo aumente os recursos do Fundo de Participação dos Municípios.

Muitos gestores presentes entoaram o coro no encontro desta segunda-feira: na hora de pedir voto, apoio, entram nos municípios sem convite e sem avisar. Não tiro a razão deles.

Os prefeitos já entenderam que emendas são “moedas de troca”. Os recursos, principalmente para os municípios pequenos, são fundamentais para a administração andar.

O conceito de base eleitoral está mudando e quem não corresponder, já sabe: a fila anda. Com a palavra, os ausentes.

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