OPINIÃO: O ‘calvário’ da operação de milhões na Justiça

Não é só constrangedor para o Tribunal de Justiça da Paraíba, mas para o Ministério Público, através do GAECO, e para toda a Paraíba, os juízes estarem se averbarem suspeitos de julgar ação contra o ex-governador Ricardo Coutinho. E não entro aqui no mérito das decisões dos magistrados. Mas, já são 10. Não pode ser “normal”.

A criação de uma Vara Criminal para julgar organizações criminosas na Paraíba, projeto aprovado pelo pleno do TJ, e encaminhado à Assembleia Legislativa da Paraíba em maio de 2022, poderia resolver a questão. Mas, será um adiamento consciente? É preciso dar uma resposta. Por muito menos tempo, se aprovam propostas na Casa de Epitacio Pessoa.

Ricardo Coutinho já é réu em mais de seis, sete ações resultantes da Operação Calvário, deflagrada em 2018. Ou seja, há quatro anos. Vão esperar chegar a quantos juízes? O tema foi trazido à tona pelos desembargadores Márcio Murilo e Ricardo Vital, que é o relator da Calvário no TJ, durante uma sessão esta semana.

Alegar falta de estrutura também não pode ser justificativa para sempre. Não sei dizer se essas ações prescrevem. Mas, repito, é preciso dar uma resposta à sociedade dos R$ 134 milhões desviados da saúde e da educação m, segundo o GAECO, e se Ricardo é culpado ou não. Ponto final.

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