O reconhecimento da derrota nas urnas pelo presidente Jair Bolsonaro passa pelo futuro político e financeiro. Ele teria chamado aliados mais próximos do Centrão para cobrar a fatura do apoio institucional como presidente da República e se blindar.
Coluna do jornalista Leandro Mazzini (UOL), fontes do Governo afirmam que a blindagem caberá a Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PL, partido pelo qual disputou a reeleição.
Bolsonaro quer garantias de uma vida protegida longe do Palácio do Planalto a partir do dia 1º de janeiro. De acordo com fontes, Valdemar sugeriu a Bolsonaro um aluguel de uma mansão no Lago Sul, em Brasília, para viver com a esposa e a filha menor, paga pelo PL.
Além disso, o presidente perdeu seus advogados mais aguerridos durante a campanha. Ele terá advogados pagos pelo partido em todos os processos que responderá – hoje são 58 no STF, todos ou boa parte deles podem “descer” para a 1ª instância de acordo com a canetada dos ministros.
O futuro ex-presidente também poderá ter um bom salário pago pela Executiva do PL, como conselheiro da legenda. Sem essas garantias, Bolsonaro não discursaria para acalmar o País.
Enquanto assiste do Palácio os eleitores mais aguerridos inflamando as rodovias federais, com a leniência da PRF bolsonarista. Bolsonaro sabe que, se reconhecesse a derrota no domingo sem tratar de seu futuro com os ainda aliados, correria risco de ver os caciques dos partidos o abandonarem de vez por Lula – o que vai acontecer, evidentemente, a partir de janeiro.
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