Durante o lançamento da candidatura à reeleição, o presidente Jair Bolsonaro voltou a acenar aos nordestinos, às mulheres, prometeu instituir o Auxílio Brasil de R$ 600 -que só vale até dezembro -, associou o PT à corrupção e disse que Lula pretende“liberar o aborto e às drogas”.
Em evento realizado neste domingo (24), no Rio Janeiro e que reuniu 13 mil pessoas, ele incitou os correligionários a irem às ruas contra os ministros do Supremo Tribunal Federal em 7 de Setembro e questionou, mais uma vez, a lisura do processo eleitoral.
Precisando recuperar terreno principalmente entre os nordestinos e as mulheres, o evento foi utilizado para reforçar a imagem de que o atual governo tem trabalhado pelos dois públicos.
No início da convenção, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, disse que o presidente é um “enviado de Deus” e que nunca se sancionou tantos projetos que beneficiaram as mulheres: aproximadamente 75 propostas.
Como forma de anular o argumento de que o Auxílio Brasil é um programa eleitoreiro, Jair Bolsonaro prometeu manter o valor de R$ 600 a partir de 2023. O presidente disse já que recebeu aval do ministro da Economia, Paulo Guedes.
Em um dos momentos mais duros de seu discurso de 1h10, o presidente da República voltou a insuflar correligionários contra integrantes da Suprema Corte.
“Nós somos a maioria, nós somos todos do bem. Nós temos a disposição para lutar pela nossa liberdade, pela pátria. Convoco todos vocês agora para que todo mundo, no 7 de Setembro, vá as ruas pela última vez. Vamos às ruas pela última vez”, disse Bolsonaro, que chamou os ministros de“surdos de capa preta”.
Sob o pretexto de “manter a liberdade da nação”, Bolsonaro afirmou também que o Exército estaria disposto a manter a ordem contra eventuais fraudes no sistema eleitoral.
“Esse é o Exército que está do lado do povo, que não admite corrupção, que não admite fraude. Que merece respeito. E que vai ter (respeito)”, disse o presidente da República.
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