Se o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (Progressistas) quiser mesmo se consolidar na pretensa chapa à reeleição do governador João Azevêdo (PSB), na vaga para o Senado, terá que começar a olhar para o próprio umbigo, e mais, para dentro de “casa”.
A entrevista da senadora Daniella Ribeiro, presidente do PSD na Paraíba, vai de encontro ao discurso e/ou cobrança de Aguinaldo, de “reino unido”.
Não há união em ambos os lados, para ser redundante. Em uma única fala, Daniella afirmou que João não tem liderança, que o irmão pode ser candidato ao Senado em chapa avulsa e que não há porque entrar em briga com o ex-senador Cássio Cunha Lima, líder do PSDB.
O PSDB tem pré-candidato ao Governo, Pedro Cunha Lima, opositor ferrenho a João. E que tem um pré-candidato ao Senado, Efraim Filho (União Brasil). A união foi selada ao vivo e a cores.
A conjuntura pode mudar? Pode. Mas, como o processo tem sido antecipado a patamares nunca antes visto, ficaria complicado explicar aos eleitores, essa bipolaridade. Mas, nada na política, é impossível.
A ausência de liderança de João a que a senadora se refere, tem destino certo: o Republicanos. O partido não parece dar sinais de que vai soltar a mão de Efraim, mesmo que para esse cargo, ir de encontro ao governador.
Repito. A conjuntura pode mudar? Pode. Mas, como o processo tem sido antecipado a patamares nunca antes visto, ficaria complicado explicar aos eleitores, essa bipolaridade. Mas, nada na política, é impossível.
E essa “aliança” Republicanos-Efraim tem a ver com a divisão dos redutos eleitorais, votos. Se recuar, vão devolver as bases? A essa altura, difícil. Ainda mais que, sem coligações para a chapa proporcional, a conta para eleger é outra.
A situação está mais ou menos assim: João quer Aguinaldo na chapa, este também. No meio do caminho, tem um partido com lideranças fortes que querem Efraim, e que podem até dar ré, mas que faltam gestos do outro lado, no caso, Aguinaldo.
E em meio a isso tudo, uma figura não menos importante, o prefeito da Capital Cícero Lucena, que tem passado os últimos dias buscando construir a aliança de Aguinaldo com João. Mas, voltando ao meio do caminho tem Daniella.
Voltando agora aos gestos, é preciso lembrar que não dá para colocar na conta de João Azevêdo resolver esse impasse sozinho. Até porque Efraim antecipou a disputa.
Aguinaldo pode sim sair em candidatura avulsa e tem capilaridade política e eleitoral para tal. É inegável. Conta hoje com quatro partidos na “base”: Avante, Solidariedade, PSD e Patriota.
Mas, é fato de que a união com o governador, nessa disputa, seria mais vantajosa, digamos. E o que não dá é esse desencontro de discursos. Se não dá para juntar, não junta. É política, é eleição. É bem simples.
Leave a Reply