Após uma reunião com tucanos no Palácio dos Bandeirantes, na tarde desta quinta-feira (31), o governador João Doria recuou e afirmou a aliados que vai renunciar ao governo de São Paulo e manter a pré-candidatura à Presidência da República.
A decisão foi tomada depois que Doria recebeu um gesto de apoio do PSDB e da pressão de aliados que o querem ver fora do governo de São Paulo.
O PSDB pretende lançar Rodrigo Garcia ao governo de São Paulo e a permanência de Doria no cargo desidrataria a campanha.
Vencedor das prévias do PSDB para a escolha do candidato do partido à Presidência, Doria teve uma conversa com Garcia na noite dessa quarta-feira (30), durante a qual o avisou que não ia mais renunciar ao governo de São Paulo.
A decisão era uma espécie de contra-ataque de Doria ao que ele via como uma traição do PSDB, uma vez que uma ala do partido tem trabalhado para que o candidato do partido à Presidência seja o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, que deixa o cargo hoje.
A ideia desse grupo era, segundo aliados de Doria, esperar o governador de São Paulo deixar o cargo para só então iniciar formalmente o movimento para sagrar Leite candidato – deixando Doria sem mandato e sem candidatura ao Planalto.
Após a ameaça de Doria vir à tona, o presidente do PSDB, Bruno Araújo, divulgou uma nota em que reafirmou que João Doria é o nome do partido na disputa pelo Planalto em 2022.
Além disso, tucanos foram até o Palácio dos Bandeirantes – sede do governo paulista – pressionar o governador para manter o que havia sido combinado.
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