A Executiva Nacional do PSDB autorizou, em reunião nesta quinta-feira (27), abertura do diálogo formal com o Cidadania para possível formação de uma federação partidária.
Diferentemente das coligações – proibidas nas eleições proporcionais já em 2020 -, as federações vão muito além da disputa eleitoral. Criam uma “fusão” temporária entre as siglas, que precisam permanecer unidas por pelo menos quatro anos.
De acordo com resolução do Tribunal Superior Eleitoral, os partidos têm até 2 de abril para registrar as alianças.
No Twitter, o partido informou que, “além das aproximações já adiantadas pelas lideranças tucanas nos estados”, as conversas continuarão sendo conduzidas pela cúpula da sigla e as lideranças na Câmara e no Senado.
“O objetivo de mapear e aparar eventuais arestas regionais”, diz trecho do comunicado.
Uma das arestas é na Paraíba, onde as duas legendas são adversárias. O PSDB já avisou que não há possibilidade de composição com João Azevêdo, que também já mandou recado igual.
CIDADANIA REÚNE EXECUTIVA PRÓXIMA SEMANA E JOÃO VAI À BRASÍLIA
De acordo com comunicado do PSDB, as conversas continuarão sendo conduzidas pelo presidente da legenda, Bruno Araújo, o secretário-geral Beto Pereira e os líderes na Câmara, Adolfo Viana (BA), e no Senado, Izalci Lucas (DF).
“Temos um levantamento preliminar que indica que essa federação com o Cidadania é bem-vinda. Precisamos avançar agora no regramento para essa convivência”, disse Bruno Araújo.
Ele completou: “O Cidadania tem sido parceiro importante do PSDB e há convergência política tanto em eleições quanto na atuação no Legislativo”.
O PSDB tem João Doria como pré-candidato ao Planalto. O Cidadania anunciou a pré-candidatura de Alessandro Vieira, embora Freire tenha dito que ela “não se sustenta”. João Azevêdo já disse que vota no ex-presidente Lula (PT).
Para ser chancelada, a federação precisa ser aprovada pelas executivas e diretórios nacionais das legendas envolvidas. O processo também envolve a elaboração de um programa partidário comum.
O novo instrumento foi aprovado pelo Congresso no ano passado e virou uma alternativa às coligações, que deixaram de existir.
A modalidade é mais rigorosa que a regra anterior porque exige que a união permaneça por no mínimo quatro anos e seja reproduzida também nos estados.
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