Pedro cobra PL que regulamenta uso do canabidiol

O deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) fez um apelo aos parlamentares pela aprovação do Projeto de Lei 399/2015, que regulamenta o uso da cannabis para fins medicinais.

Em discurso na tribuna da Câmara, ele lembrou que há seis anos a propositura foi apresentada e segue sem definição ou encaminhamento.

“São seis anos desse debate. A gente se depara com a situação de famílias que vivem um drama, e essa Casa não consegue dar a resposta devida, adequada, digna”, lamentou.

Pedro relatou a história de Junior e Sheyla, pais de uma criança diagnosticada com Síndrome de West, que chegava a ter 40 convulsões por dia e, após o uso do canabidiol, parou de ter os espasmos, além de apresentar avanço na coordenação motora e outros benefícios.

Ele ressaltou que além de tratar a síndrome, o uso do canabidiol também é indicado para situações de Alzheimer, doença de Parkinson, autismo, fibromialgia, artrite reumatoide e uma série de outras patologias que já mostraram regressão dos sintomas com a terapia.

Ele alertou que os colegas não devem misturar os debates e relacionar o tema com a regularização das drogas – assunto totalmente distinto.

“Ninguém está sendo a favor das drogas, não façam isso, é triste, desumano e cruel misturar temas e dizer que não se regulamenta para combater o tráfico”, frisou.

Atualmente, a substância só pode ser comercializada pela Clínica Abrace Esperança, em Campina Grande, sendo esse o único lugar do país regulamentado pela Anvisa.

Com a aprovação do projeto, será viabilizada a comercialização dos medicamentos que contenham extratos, substratos ou partes da planta Cannabis sativa em sua formulação em outros locais, aumentando a oferta e facilitando o acesso do medicamento às famílias.

“Digo com muita tristeza: é uma bizarrice não ter a dignidade de não se votar esse recurso e não dar a resposta a essa matéria. São milhões de brasileiros que esperam que a gente faça um gesto que supere o atraso medieval que distancia a terapia de todos que precisam”, ressaltou.

Ele complementou: “A todos que vivem esse drama, quero reconhecer esse trabalho e passar uma mensagem de força. A gente pode demorar, mas esse dia vai chegar”.

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