O governador João Azevêdo (Cidadania) disse que respeita a autonomia de todos os partidos que estão na base. Mas, foi taxativo: caso algum deles decida seguir outro caminho, que não seja o de apoio à reeleição, em 2022, que deixe a gestão. “As decisões levam a ônus e bônus”.
A declaração foi em resposta à pergunta sobre a possibilidade de o PDT lançar candidatura própria ao Governo, com a vice-governadora Lígia Feliciano na cabeça de chapa.
“Você imaginar que um partido, seja da vice-governadora, ou qualquer outro da base, que queira lançar um novo projeto, naturalmente essas pessoas vão procurar o seu caminho”, afirmou o governador durante entrevista ao programa Correio Debate (98 FM).
O presidente nacional da legenda, Carlos Lupi, quer lançá-la à disputa ao Governo nas eleições do próximo ano. Os Feliciano ainda não se pronunciaram sobre a possibilidade, muito menos se irão apoiar o projeto de reeleição de João Azevêdo.
Para quem não lembra, nas eleições do ano passado, o PDT de Lígia e do deputado Damião Feliciano decidiu seguir em campos opostos ao governador. João apoiou Cícero Lucena (Progressistas) e o PDT lançou Mariana Feliciano como vice de Edilma Freire, apoiado por Luciano Cartaxo.
Sobre o convite do presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, para um retorno, João afirmou que está muito confortável no Cidadania.
“Foi o reconhecimento de que a nossa atitude, nossa postura em 2019, estava correta”, afirmou se referindo à manobra feita por Ricardo Coutinho para tomar o comando do partido, que levou ao racha e à saída de João.
João também comentou sobre a decisão do Senado de não “ressuscitar” o instrumento das coligações partidárias e se haveria possibilidade de fusão por parte do Cidadania com outra legenda.
“Eu não tenho dúvidas de que, em janeiro de 2022, nós teremos apenas 12, 13 legendas [hoje são 33] pelo modelo aprovado agora. Não tem como imaginar que determinados partidos tenham condições de montar uma chapa para deputado federal”, ressaltou.
E complementou: “Essas regras farão com que os todos os partidos repensem para estabelecer um caminho. Se o Cidadania vai nesse caminho [da fusão], não sei. Até agora, não houve nenhuma sinalização”.
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