De saída: Pollyanna diz que PSB perdeu a democracia

A deputada estadual Pollyanna Dutra, atualmente no PSB, afirmou que deve migrar para uma legenda onde possa ser ouvida. “Eu tenho que ir para um partido que eu tenha espaço para dialogar as bandeiras que eu trago muito forte, que são as bandeiras sertanejas”, destacou. Ela tem conversado com o Cidadania do governador João Azevêdo, além de outros partidos.

Disse que o PSB perdeu a democracia. “Não posso entender como um partido possa de ter dono. De repente, o PSB se mostrou como um dono, que destituiu um diretório [estadual] de cima para baixo. Sem ter diálogo, sem ter conversa, um partido socialista, não teve diálogo de forma horizontal. De repente, a gente perdeu tudo de forma autoritária”.

Para Pollyanna, o PSB, hoje, não oferece segurança política. Afirmou que o presidente da legenda, deputado federal Gervásio, não tem conversado com ela e lembrou que o PSB elegeu uma bancada forte com oito parlamentares na Assembleia Legislativa da Paraíba. “Eu não tenho lembrança de nenhum convite de nenhuma reunião”, destacou. Por isso, disse não ter sentido permanecer no PSB.

Com o rompimento do grupo do ex-governador Ricardo Coutinho e de João Azevêdo, a bancada socialista acabou “dividida”, ainda mais com o episódio atabalhoado de tomada do partido, com a destituição do presidente Edvaldo Rosas e com Ricardo até então alinhado a Gervásio montando um novo diretório com João Azevêdo como vice, sem consulta prévia, e o senador Veneziano Vital do Rêgo entrou no bolo. Os dois declinaram.

O resultado foi que João deixou o PSB, depois foi a vez de Veneziano. A “bancada” de Ricardo, que não é de longe a de Gervásio, conta com Buba Germano, Cida Ramos, Estela Bezerra e Jeová Campos. A que seguiu na base de João tem Pollyanna, Adriano Galdino, Hervázio Bezerra e Ricardo Barbosa.

Ao final das contas, o atual presidente do partido deve contar apenas com ele próprio para 2022. É que os deputados socialistas da base de João aguardam a janela partidária para migrar, assim como os da “bancada” de Ricardo, que devem entrar no PT. Tanta briga, ao final das contas, o PSB acabou com muito pouco ou quase nada.

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