Um ano depois, presidente anuncia comitê anticovid

Com a popularidade em queda, prestes a bater o recorde – negativo – de 300 mil mortes em decorrência da Covid-19 e um ano após o início da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) anunciou a criação de um comitê anticovid que definirá ou redirecionará os rumos do combate à Covid-19.

“A vida em primeiro lugar”, declarou o chefe do Executivo após a reunião com os Poderes Legislativo e Judiciário para tratar da crise que atinge o Brasil, nesse momento da pandemia, realizada na manhã desta quarta-feira (23). Discurso bem diferente do empregado nos últimos meses.

Caberá ao presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco coordenar uma comissão composta pelos governadores, que têm sofrido ataques devido às medidas restritivas empreendidas para barrar a doença e o colapso da saúde pública nos estados e municípios. Ele lembrou que os Poderes são independentes, mas que devem ser harmônicos.

Em recado claro, Pacheco disse que a união de todos significa um “pacto nacional liderado por quem a sociedade espera que lidere, que é o presidente da República, Jair Bolsonaro. Já com a compreensão de que medidas precisam ser urgentemente tomadas. E sob a liderança política de Bolsonaro, haver a liderança técnica do Ministério da Saúde, através do ministro Marcelo Queiroga”.

O deputado federal Arthur Lira (Progressistas), defendeu a despolitização da pandemia e falou que a Câmara dos Deputados tem tido uma atuação responsável no combate à pandemia. “Que tenhamos que desarmar os espíritos e tratar [a Covid-19] como um problema de todos nós enquanto representantes da população, para falar uma linguagem só com acompanhamento diário e responsabilidade da informação para que toda nossa população tenha assistência”, disse.

Apesar de estimular a vacinação em massa, Bolsonaro voltou a falar em tratamento precoce, também da pauta da reunião de hoje. “Tratamos também da possibilidade de tratamento precoce. Isso fica a cargo do ministro da Saúde, que respeita o direito e o dever do médico off-label de tratar os infectados”, disse.

Recém-empossado, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, ressaltar a “harmonia entre os Poderes”. Disse que a conclusão foi da necessidade de se fortalecer o SUS com articulações entre os governos federal, estaduais e municipais para fornecer uma cobertura de pessoas vacinadas capaz de reduzir o impacto do coronavírus. O ministro também citou a criação de protocolos assistenciais.

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