Pedido de vistas do ministro Nunes Marques adiou a conclusão do julgamento sobre a suspeição do ex-juiz Sérgio Moro, ex-coordenador da Operação Lava Jato, em Curitiba, responsável direta por levar o ex-presidente Lula ao banco dos réus, no caso do processo do Triplex. A 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal se reuniu nesta terça-feira (09). O placar está em 2 x 2.
O ministro Gilmar Mendes colocou o processo para análise votação, com direito a manobra por parte do ministro Edson Fachin, que queria adiar o julgamento. Ele chegou a ir direto ao presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luiz Fux, que decidiu manter a votação.
“O resumo da ópera é: você não combate crime cometendo crime. Ninguém pode se achar o ó do borogodó. Cada um terá o seu tamanho no final da história”, diz Gilmar Mendes, após quase duas horas apresentado o voto a favor da suspeição
Ricardo Lewandowski seguiu Gilmar Mendes e votou, na sessão de hoje, pela suspeição de Sergio Moro. Disse que o ex-juiz atuou com “abuso de poder” e com “completo menosprezo pelo sistema processual vigente no país“.
“Parece-me possível dar como certa a ocorrência de inusitada e ilícita coordenação de esforços para a produção conjunta de elementos probatórios e estratégias processuais desfavoráveis ao paciente, revelando uma inaceitável simbiose entre os órgãos responsáveis por investigar, acusar e julgar, que tem como origem motivações políticas e interesses pessoais do ex-juiz Sergio Moro”, disse o ministro.
Já a ministra Carmen Lúcia votou a favor de Moro, mas deu indícios de que pode mudar a decisão, já que teria outro voto escrito a apresentar. Edson Fachin, que anulou todas as condenações de Lula, em três processos, na segunda-feira (08), também votou contra a suspeição. Houve muita discussão se a decisão de segunda teria como beneficiário Lula ou Moro. Se foi pró-Moro, não funcionou.
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