O impasse está formado em Santa Rita. Nesta quarta-feira (19) pela manhã, um grupo de profissionais da área de saúde, que trabalham no Hospital Metropolitano e na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Tibiri-Santa Rita, cobraram do prefeito Emerson Panta (Progressistas) um cronograma de vacinação. Eles alegam que a responsabilidade é da Prefeitura do município, que alega não ser apenas dele.
Já na noite desta quarta-feira, o corpo médico da UPA divulgou Nota de Repúdio ao prefeito Emerson Panta e ao secretário de Saúde do Município, Luciano Correia Carneiro. Segundo a nota, “há verdadeiro desrespeito e desprezo às orientações dadas pelo Plano Nacional de Imunização (PNI) para vacinação contra Covid-19, divulgado no dia 18 de janeiro de 2021 e que recomenda realizar prioritariamente a vacinação dos trabalhadores dos serviços hospitalares de referência Covid-19, ratificada por Nota Técnica Conjunta entre COSEMS/PB e SES/PB”.
A nota continua: “Esclarecemos que mesmo sendo esta Unidade de Pronto Atendimento/UPA – Tibiri ser referência para Covid-19 desde maio de 2020 e que a imunização no referido município teve início desde o último dia 19, até o momento os nossos profissionais não foram priorizados ou sequer informados de quando isso ocorrerá, mesmo tendo sido solicitado por nossa direção.
Asseguramos à toda comunidade que permaneceremos cumprindo, sem restrições, o nosso compromisso de salvar vidas. Solicitamos aos órgãos competentes um olhar para a circunstância relatada neste documento”.
De acordo com orientação do Ministério da Saúde, a distribuição das doses das vacinas cabe ao Governo do Estado. Já os municípios têm que cuidar do armazenamento adequado e promover as campanhas de vacinação, de acordo com os grupos prioritários determinados no Plano Nacional de Imunização.
A Prefeitura alega que o hospital, por ser metropolitano, não seria apenas de responsabilidade de Santa Rita, mas de João Pessoa, Cabedelo e Bayeux também. Os profissionais têm que cobrar, afinal estão na linha de frente da Covid-19. E, da parte do município, caberia gerenciar a crise e até mesmo convocar o consórcio formado pelo prefeito da Capital, Cícero Lucena (Progressistas), e tentar dividir a “cota” das doses.
A deputada estadual Jane Panta, primeira-dama do município, teria, inclusive, conversado com o Ministério Público sobre o assunto. A questão não é quem vai vacinar, mas a demora na resposta sobre quem recairá essa responsabilidade.
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