O deputado Arthur Lira (Progressistas), candidato à presidente da Câmara Federal e opositor a Rodrigo Maia (DEM), atual comandante e que tem como nome para a disputa, Baleia Rossi (MDB), desembarcou na Paraíba, nesta quarta-feira (13). Mas, se depender da bancada paraibana (12 ao todo), pela recepção, ele terá que se esforçar para obter o apoio.
Na coletiva desta tarde, tinha ao lado os deputados federais Wellington Roberto (PL) e Hugo Motta (Republicanos), declaradamente apoiadores, além de Julian Lemos, que é presidente do PSL na Paraíba, e Wilson Filho, representando pai, Wilson Santiago, que cumpriu agenda com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na manhã de hoje, em Brasília, e não pode estar presente.
Julian Lemos, aliás, disse que vai buscar convencer o PSL, que já sinalizou pró-Baleia Rossi, a seguir com o progressista. Disse que estava na coletiva e participaria do jantar cumprindo uma agenda política. E, deixou claro, que o voto não está certo.
Na Paraíba, o primeiro encontro foi com o governador João Azevêdo (Cidadania). Na conversa com João, Arthur falou sobre os desafios do Brasil para sair da crise e apresentou soluções e abertura ao diálogo para superar os problemas enfrentados pelo país. O presidente da Assembleia Legislativa da Paraíba, Adriano Galdino, o líder da bancada federal Efraim Filho (DEM), Julian Lemos e Hugo Motta participaram da reunião na Granja Santana.
Lira, que é de Alagoas, sabe que é preciso exercer o poder do convencimento das bancadas federais do Nordeste, sempre decisivas. “É importante conversar com a bancada de cada Estado e trazer nesse período de campanha, nossa mensagem. Esse ano de 2020 foi de muita dificuldade, quase que todo virtual, principalmente para os parlamentares de primeiro mandato”.
Ele defende o retorno das atividades presenciais na Câmara. “Estamos dispostos a mudar esse quadro. Nós temos pautas nacionais, questões econômicas, de leis que buscam facilitar o desenvolvimento do Brasil. E todas essas pautas estamos discutindo, bancada por bancada”, declarou. “A cadeira de presidente da Câmara é a mais importante do Legislativo e da democracia”, completou.
Sobre o deputado paraibano Aguinaldo Ribeiro e colega de partido, que abriu mão da pré-candidatura a presidente para apoiar o emedebista Baleia Rossi, Arthur preferiu não “peitar”. Disse que o Progressistas é democrático. “Sempre tivemos uma boa relação e estivemos em muitos momentos disputando a mesma batalha”, disse. Mas, também disse que o partido ainda não esgotou as conversas com Aguinaldo, para que ele siga o partido.
Lira não poupou críticas a Rodrigo Maia. “A gente vem vivendo um momento de distorção muito forte e que nós vamos consertar. Um péssimo hábito que foi criado ao longo dos últimos anos é o da Câmara do ‘eu’ sozinho. Qualquer medida do presidente [Jair Bolsonaro], quando ele faz o ato, a imprensa coloca o microfone na boca do presidente [Rodrigo Maia] e ele faz ‘eu faço, eu aconteço, eu engaveto'”.
Ele garantiu que a Casa vai voltar a ser a Câmara do “nós” e voltar a ouvir o Colégio de Líderes. “Todas as pautas serão negociadas com todos os líderes, previamente, e garantindo que todos saibam o que estão voltando”, destacou. A eleição será realizada no início de fevereiro e, apesar do recesso, nunca se “trabalhou” tanto nos corredores. Lira tem visitado os estados do Nordeste desde esta terça-feira (12).
Confira a entrevista completa:
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