Cabo Gilberto: repúdio à ‘balbúrdia’, já às drogas…

O deputado estadual Cabo Gilberto (PSL) usou o Twitter para comentar sobre a Operação Residence, deflagrada pela Polícia Federal, e que apurou o uso de um quarto da Residência Universitária da UFPB como base de armazenamento e distribuição de drogas na Paraíba e em estados vizinhos.

Ele citou uma declaração dada pelo então ministro da Educação Abraham Weintraub, e que causou polêmica à época, ao dizer que: “As universidades brasileiras promovem balbúrdia”. Segundo ele, a frase ganhou repercussão e o repúdio das comunidades acadêmicas.

“Já a notícia da operação da PF que desbaratou uma quadrilha que traficava drogas e que armazenava o entorpecente na RU [Residência Universitária] da UFPB, pelo menos até agora, não teve a mesma indignação dos intelectuais. E, ao que tudo indica, não surpreendeu a comunidade acadêmica que até agora não divulgou uma única nota a respeito”.

Disse ter consultado o dicionário e constatado que ‘balbúrdia’ é “café pequeno” se comparada ao tráfico de drogas dentro de instituições de ensino universitário. “Bom, pelo menos pra sociedade que está fora dos campi”.

E disparou: “Agora entendi porque fui recebido a ovadas na UFPB. Polícia Federal cumpre mandados contra tráfico de drogas na Residência Universitária da UFPB. E também de tanto atentado à democracia não respeitando a escolha da lista tríplice. Temos que separar estudante de traficante!”.

Cabo Gilberto se refere ao fato de no dia da posse do novo Reitor da instituição, Valdiney Veloso Gouveia, ter sido recebido na entrada com ovadas pelos estudantes que protestavam contra a posse.

Operação Residence – De acordo com a Polícia Federal, o líder de uma célula do grupo criminoso utilizava a Residência Universitária da UFPB para ocultar as atividades ilícitas. O investigado ocupava relevante função na hierarquia da organização criminosa na Paraíba. A partir da identificação desse suspeito, a Polícia Federal desvendou toda a estrutura criminosa do grupo no Estado.

“O trabalho investigativo permitiu descortinar uma grande rede formada para cometer crimes e revelou o plano de expansão de tal facção criminosa, mediante a realização de disputas violentas com grupo rival por pontos de comércio de entorpecentes, objetivando um domínio territorial para fins de monopolizar o tráfico de drogas na Paraíba”, divulgou a Polícia Federal, segundo matéria publicada pelo Portal Correio.

Ainda segundo a Polícia Federal, os investigados deverão responder pelos crimes de tráfico de drogas e associação para fins de tráfico de drogas, crimes cujas penas, se somadas, podem chegar a 25 anos de reclusão.

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