Na ALPB, uns voltaram sorrindo, outros nem tanto

Após um “recesso branco” de duas semanas, a Assembleia Legislativa da Paraíba retomou as atividades. Ao que parece, as eleições de 2022 estão se desenhando na Casa após o saldo do último domingo, nos municípios paraibanos. Pelas contas do Blog, a maioria dos deputados estaduais que se candidataram, ou apoiaram diretamente candidatos em suas bases de origem perderam as eleições e voltaram com as mãos “abanando”.

Dos seis candidatos ao cargo de prefeito, apenas um, Nabor Wanderley (Republicanos), entrará 2021 em Patos, no Sertão da Paraíba, como prefeito eleito. Cidade esta que já comandou por dois mandatos consecutivos. Mas, quem ainda está comemorando é o suplente Jutay Menezes, que “ganhou” dois anos de mandato como titular.

Já o deputado Érico Djan, que começou a pré-campanha candidato a prefeito de Patos, desistiu de surpresa, e ainda decidiu apoiar o candidato adversário do Cidadania, seu partido e o do governador João Azevêdo – o juiz Ramonílson Alves. O futuro de Érico, segundo os entendedores da política patoense é incerto após tanto vai e vem. Wallber Virgulino (Patriotas) e Anísio Maia (PT) perderam a disputa pela Prefeitura da Capital, no 1º Turno.

Outro que disputou o cargo de prefeito foi Branco Mendes (Podemos). Perdeu em Alhandra após substituir o sobrinho e atual prefeito Renato Mendes, com registro indeferido com base na Lei da Ficha Lima.

Em São Bento, Galego Souza (Progressistas) foi desbancado pelo atual prefeito e candidato à reeleição, Jarques Lúcio (Cidadania). O deputado Inácio Falcão (PCdoB) não conseguiu alcançar êxito em Campina Grande. Aliás, a cidade deu a vitória ao ex-deputado Bruno Cunha Lima (PSD), em 1º Turno.

Quem também amargou derrota foi João Henrique (Pros). A filha, Micheila, candidata a prefeita, e a esposa, deputada federal Edna Henriques, vice na chapa, não conseguiram tirar do páreo a atual prefeita Anna Lorena (PL).

Os deputados Júnior Araújo (Cidadania) e Jeová Campos (PSB), apoiaram Denise Oliveira e Marquinhos Campos, respectivamente. Quem levou foi a deputada Dra Paula que ajudou a reeleger o marido e atual prefeito, Zé Aldemir (PP).

A deputada Pollyanna Dutra (PSB) não deve estar nada satisfeita. A irmã, Kévia Werton (PL), perdeu em Pombal. Já o marido, Barão (PL), perdeu em Brejo do Cruz. Pode-se dizer que 2020 não está sendo fácil…

Em Guarabira, o deputado Raniery Paulino (MDB) deixou a liderança da bancada de oposição na ALPB, foi para a base do governo em nome do projeto do pai, o ex-governador Roberto Paulino (MDB), que não conseguiu superar o atual prefeito e candidato à reeleição Marcus Diogo (PSDB). Quem está sorrindo é a deputado Camila Toscano que aprendeu direitinho com o pai, o ex-prefeito Zenóbio Toscano e está com o sorriso de orelha a orelha.

Em Picuí, o atual prefeito Olivânio Remígio, único prefeito eleito pelo PT em 2016, na Paraíba, mais uma vez repetiu o efeito. O deputado Buba Germano (PSB) que buscava eleger a esposa, a ex-deputada Gilma Germano (PSB), terá que esperar para 2024.

Em Esperança, Anderson Monteiro (PSC) não conseguiu eleger o pai, o ex-deputado Arnaldo Monteiro (PSC). O mesmo aconteceu com o deputado Wilson Filho (PTB), em Uiraúna.

Entre os que voltaram com o “sorriso no rosto”, apenas sete deputados estaduais conseguiram vitórias em suas bases, já contando com Camila Toscano e Dra Paula.

O deputado Chió (Rede), conseguiu a quinta vitória consecutiva em Remígio, dessa vez, apoiando André Alves que saiu vitorioso na disputa contra o ex-deputado Cláudio Régis. O presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino (PSB), também saiu vitorioso ao eleger a esposa, Eliane Galdino (Avante), prefeita de Pocinhos. Eliane havia batido na trave em 2016.

O deputado João Bosco Carneiro ‘venceu’ em Alagoa Grande. O filho, Bosco Carneiro Neto (PP), foi eleito vice-prefeito de Antônio Sobrinho. Eles governarão a cidade partir de janeiro de 2021. O deputado Taciano Diniz (Avante) apoiou Divaldo Dantas, do Democratas, que foi reeleito. Já o deputado Doda de Tião (re)emplacou o irmão, Carlinhos de Tião, em Queimadas.

As temidas ‘eleições da pandemia’ mirou e acertou, em cheio, as bases dos “caciques” da política paraibana. 2022 é logo ali, quem viver verá!

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