Anísio Maia: “Vamos resistir”

O deputado estadual Anísio Maia disse ter se surpreendido com a intervenção da Direção Nacional do PT, no final da noite, que anulou a convenção partidária, realizada na noite desta quarta-feira (16). “Vamos resistir do ponto político, judicial e social”.

A candidatura a prefeito da Capital, do parlamentar, foi homologada ontem, e a chapa, que tem Percival Henriques (PCdoB) como vice, chegou a ser registrada junto ao Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba, por volta das 20h.

Anísio disse, em entrevista ao programa Correio Debate (98 FM), disse que desde o início do la pré-candidatura houve diálogo com a direção nacional. “O PT fez tudo dentro das regras políticas, democráticas e legais. No entanto, no apagar das luzes, fomos surpreendidos. É uma coisa sem o menor cabimento”, declarou. E mais: “A nossa candidatura não tinha nenhuma contestação interna no PT, desde o início. Nós tivemos o apoio total”.

O PT de João Pessoa já havia se reunido com o ex-governador Ricardo Coutinho, pivô da intervenção, e não se chegou a um consenso. No último sábado, a legenda divulgou carta aberta confirmando as candidaturas de Anísio e de Percival, e fazendo convite público para que o PSB se integrasse à coligação com o apoio. “Nós defendemos uma aliança entre os partidos de esquerda, do campo democrático e popular. Nós não íamos concordar com a coisa no escuro, de gabinete”.

Maia disse que o ato é uma violência, uma arbitrariedade. “Não vamos aceitar. Seria ferir a dignidade de todos os militantes do PT da Paraíba. Não tem o menor cabimento você entrar numa eleição com o candidato obrigado. Isso é coisa do passado. Queremos a conclusão de um processo debatido. E aí eu pergunto: porque nós não podemos ter candidato?”.

O deputado estadual chegou a dizer que estava havendo uma enorme pressão e até mesmo chantagem por parte de Ricardo, junto à Nacional. “Fomos desconsiderados. Estão querendo nos substituir por um político totalmente desmoralizado”.

A convenção que estava marcada para a domingo (13), acabou adiada. Segundo a rádio, devido a pressão do PSB junto ao PT Nacional. Na verdade, comenta-se que o ex-governador mandou a conta. Quando da prisão do ex-presidente Lula, condenado pela Operação Lava Jato, Ricardo foi um dos únicos a estender às mãos ao petista e defendê-lo publicamente. Não que isso justifique uma intervenção da forma como ocorreu.

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