Após um tempo ‘sumido’ das redes, o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da Operação Lava Jato em Curitiba, reapareceu. O motivo: a crise interna gerada após a subprocuradora Lindora Araújo ter ido a Curitiba (PR) solicitar dados sigilosos da operação. A suposta intervenção provocou uma reclamação à Corregedoria do órgão e o pedido de demissão por parte de três procuradores que atuavam na Lava Jato.

“Os procuradores que trabalham na Lava Jato têm os mesmos direitos, deveres e proteções dos demais membros do MP para assegurar um trabalho independente”, escreveu Deltan. E completou: “O assunto agora deve ser analisado pelas instâncias competentes”.

Ex-coordenador da Lava Jato e ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro também comentou. “Aparentemente, vivemos uma fase antilava jato e contra o que ela representa. Não seria melhor o País focar em agendas anticovid, antidesemprego e anticorrupção?”.

A Operação Lava Jato foi um divisor de águas no combate à corrupção no País. Levou à prisão e ao desmembramento de esquemas de propina, desvios de recursos públicos sem precedentes no Brasil. Que não seja esvaziada. É o que parece querer o procurador-geral da República, Augusto Aras. Hoje, mais perto da ala ideológica do Governo Bolsonaro do que de seus pares.

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