Quase dois meses após encerrar um mandato de oito anos à frente da Prefeitura da Capital, o ex-prefeito Luciano Cartaxo (PV) reapareceu na cena política e o motivo, claro, os decretos da Covid-19 assinados pelo governador João Azevêdo e pelo prefeito Cícero Lucena. Voltou ácido atacando um ponto que foi nevrálgico até para ele enquanto gestor.
“Não dá para jogar a culpa na população. Claro, é preciso conscientização, mas as prefeituras e o governo não podem esperar a explosão de casos para somente aí agir”, escreveu Cartaxo, na rede social Twitter.
E continuou: “Me surpreende que, além da demora para tomar as ações necessárias, o Plano Novo Normal, criado pelo Governo do Estado, não está sendo seguido pelo próprio governo, já que as diretrizes para municípios em Fase Laranja não estão sendo respeitadas”.
O ex-prefeito alega que em um momento como este, em que os casos de Covid-19, só crescem, “não dá para pestanejar”. Para Cartaxo, “a saúde e a vida da população devem estar em 1º lugar. É preciso cuidar das pessoas! A Prefeitura da Capital e o Governo só resolveram sentar e propor ações agora, quando nos aproximamos dos 90% de ocupação dos leitos”.
Cartaxo segue o mesmo discurso que parte da oposição tenta empregar: o da crítica pela crítica. Mas, ele só precisa ficar atento para não ter que engolir palavras ditas por ele próprio. Os eleitores não perdoam e as redes sociais são arquivo vivo. O ex-prefeito tem pretensões políticas para 2022, mas tem muito a construir até lá, incluindo aí um partido que lhe dê uma condição real de disputa e voltar ao grupo das oposições no Estado.
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