O deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB), que batido na tecla de que é preciso enxugar os gastos da máquina pública, usou o Twitter para falar sobre os gastos de R$ 1,8 bilhão do Executivo (leia-se Presidência da República e ministérios), com alimentos, em 2020.
“Dizer que Bolsonaro não tem culpa por não ser o ordenador da compra do leite condensado é como falar que o governo do PT é corrupto, mas Dilma é honesta… Menos, pessoal… Faria um bem enorme ao Brasil se ninguém mais defendesse o indefensável”.
Ele escreveu ainda: “Óbvio que o razoável está na compreensão evidente que temos uma Máquina Pública inchada. Que não é normal o Executivo gastar R$ 1,8 bilhão em supermercado. Que não se deve gastar dinheiro público com vinho, chiclete e chantilly…”. Os gastos registrados em 2020, segundo o Painel de Compras do Ministério da Economia, foram de R$ 15,6 milhões com leite condensado, R$ 2,2 milhões com chiclete e R$ 2,5 milhões com vinho.
A polarização política, afirma Pedro, faz um mal enorme ao bom senso. “De um lado, a narrativa manipuladora da esquerda que tenta induzir que Bolsonaro está consumindo R$ 15 milhões em leite condensado. E, do outro, a ideia da direita que esse gasto é normal, pois precisamos alimentar nossas tropas”. Para o tucano, “entre esses dois extremos fanáticos, eu quero mesmo é, cada vez mais, subir em cima do muro”.
Nota da Redação – A verdade é que acusação e defesa, ambos radicais, estão fazendo parecer normal se gastar R$ 1,8 bilhão em alimentos, sendo boa parte com supérfluos. Para grande parte da população brasileira, leite condensado, pipoca, refrigerante, chantilly, chiclete e vinho são um luxo que passam longe da mesa de cada dia. E isso não pode ser ignorado.
É bem verdade que não foi Jair Bolsonaro, sozinho, quem consumiu todas essas despesas, mas como presidente tem sim o dever de fiscalizar, afinal se ele não percebeu ainda, muito menos aqueles que o chamam de “mito”, foi eleito para gerir a máquina pública.
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