“A vacina é o único caminho. O que temos hoje é um instrumento real de combate à Covid-19. Não existe remédio. Existe vacina”. Assim, o governador João Azevêdo (Cidadania) abriu, nesta terça-feira (19), a campanha estadual de vacinação contra a Covid-19. Ele fez um apelo para que as pessoas, quando convocadas, se vacinem.
A meta, dentro das primeiras fases determinadas pelo Plano Nacional de Imunização, é vacinar 1.250.000 paraibanos até junho, a depender do recebimento de novas doses do imunizantes. Nesse momento, 60 mil serão vacinados (1ª e, devido a redução das doses enviadas pelo Ministério da Saúde. O governador deixou claro que o número de doses, por município, foi determinado pelo Governo Federal.
“Pela primeira vez, praticamente um ano [após o início da pandemia], nós temos verdadeiramente um instrumento para combater à Covid-19”, declarou, agradecendo a todos os profissionais de saúde.
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária autorizou, para uso emergencial, as vacinas CoronaVac, da farmacêutica chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, e a AstraZeneca/Oxford, produzida com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O Ministério da Saúde contava ter em mãos oito milhões de doses – 6 milhões da CoronaVac e 2 milhões da AstraZeneca -, mas só foi possível distribuir seis milhões que estavam no Instituto Butantan, devido a operação para compra da vacina produzida pela AstraZeneca/Oxford, na Índia, não ter sido concretizada.
Essa operação, aliás, acabou se transformando em um desastre que gerou expectativa e a quebra do Plano Nacional de Imunização, que precisou ser ajustado e frustrou quem esperava pela vacina nesse momento.
“Esse passo que estamos dando trará uma repercussão extraordinária dentro de pouco tempo. Diferentemente do que alguns pregam, que só tem 50% de eficácia, é porque talvez não saibam o significado da palavra eficácia”, disparou João Azevêdo, durante a solenidade.
Ele disse que é preciso esclarecer a população sobre a vacina para que se atinja o maior número de pessoas no Estado. “Não podemos admitir que fake news, mensagens equivocadas, mal intencionadas, promovam desinformação e campanhas de não vacinação”, declarou o governador, afirmando que a vacina fará com que o Estado viva um novo caminho.
Dados sobre a campanha de vacinação:
- Total de doses recebidas no estado da Paraíba: 114.846,9
- Quantitativo de seringas e agulhas armazenadas na SES: 411 mil
- Tipo de vacina: Coronavac
- Total de paraibanos que deverão ser vacinados: 54.689 pessoas
- Quem irá receber as doses nessa primeira fase: 34% do previsto dos trabalhadores da saúde (42.925), Indígenas aldeados (10.432), Pessoas idosas em instituições (1212) e Pessoas com deficiência institucionalizada (120). O quantitativo é para a primeira e segunda dose (que será complementada a quantidade nos próximos dias) apenas dos grupos citados. As doses são encaminhadas para os municípios de acordo com a população destes públicos informados pelo Ministério da Saúde. Distribuiremos a primeira dose onde o registro é nominal, e quem tomar essa deve tomar a segunda que já está garantida.
Critérios para vacinação:
- Trabalhadores da saúde: 34% dos trabalhadores da assistência e vigilância à saúde, domiciliares como cuidadores de idosos e doulas/parteiras, funcionários do sistema funerário, estudantes da área de saúde que estiverem prestando atendimento na linha de frente da assistência a Covid-19.
- População indígena: Indígenas com 18 anos ou mais atendidos pelo Subsistema de Atenção à Saúde Indígena. A vacinação será realizada em conformidade com a organização dos Distritos Sanitários Especiais Indígena (DSEI) nos diferentes municípios;
- Idosos: Idosos acima de 65 anos que vivem em instituições de longa permanência. A estratégia de coordenação e execução das ações de vacinação é de competência municipal de saúde;
Aplicação da segunda dose:
- A segunda dose da vacina será aplicada 28 dias após a primeira dose.
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