Quando você vê que o “povo” tão falado nos discursos fica relegado apenas a palavras. O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), “bolsonarista”, estava muito bem sentado à direita do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, durante coletiva realizada na manhã desta segunda-feira (18), em São Paulo, para anunciar que a distribuição das doses da vacina CoronaVac, contra a Covid-19. Ele é o típico retrato do político brasileiro, onde a conveniência fala mais alto.
Para quem não lembra, Lima foi eleito para o primeiro mandato de governador em 2018, colando a imagem a do então candidato a presidente da República, Jair Bolsonaro. Não à toa, o Amazonas é conhecido como o estado mais bolsonarista do País. Bom, mas ficou conhecido mesmo pelo caos na Saúde, como hospitais no caos, sem leitos e, o pior, sem oxigênio, tendo que enviar pacientes com Covid-19 para serem atendidos por outros estados do Nordeste.
Wilson Lima chegou a ser alvo de operação da Polícia Federal, acusado de desvios de dinheiro enviados pelo Governo Federal para o combate à pandemia. Teve o pedido de prisão negado pelo Superior Tribunal de Justiça. Enquanto estava tudo “okei”, aliados.
Agora, com 235 pessoas enterradas em um único dia, veio a pressão pela cobrança do apoio federal. O governador Wilson Lima, então, tem alternado momentos de críticas e de agradecimentos. E o povo? Esse continua como está: com a corda no pescoço. Ou pior: com o pulmão vazio de vida.
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