Dois concursos públicos, faltando 15 dias para o fim da gestão, anunciados pelo prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV), pode-se dizer que são um “presente de grego”. Não que a realização dos concursos não seja válida, até porque o Termo de Ajustamento de Conduta entre a Prefeitura da Capital e o Ministério Público da Paraíba, assinado em 14 de agosto, tem que ser cumprido até 31 deste mês.
Mas, há de se convir que, para quem vai iniciar uma gestão daqui a 15 dias, com essa bomba nas mãos, não é nada agradável. Cícero Lucena (Progressistas) que lute porque “sobrou” para ele, a batata quente. Sem falar que a Prefeitura teve quatro meses contados para realizar os certames e deixou para a última hora.
Lembrando ainda que a Lei Orçamentária Anual para 2021 foi pensando por quem está encerrando o mandato. Resumindo, é uma caderneta às escuras. Mas, a questão principal não é o fato de se realizar concurso público, é ter que se tornar vilão com a ação alheia. O TAC previa a exoneração de 601 contratados temporários, que já estavam passando do tempo.
Aliás, essas pegadinhas de final de gestão não são exclusividade da Capital. Muitos municípios, cujos prefeitos não se reelegeram ou não conseguiram emplacar os sucessores, estão com a caneta a todo o vapor. Fato esse para ser observado pelo Tribunal de Contas da Paraíba.
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