O presidente Jair Bolsonaro (sem partido), ainda durante a campanha nas eleições de 2018, garantiu que a Operação Lava Jato não acabaria. Com a saída do ex-juiz Sérgio Moro, símbolo da operação, do Ministério da Justiça, e a nomeação de Augusto Aras para procurador-geral da República, a situação mudou. A partir dali, já estava mais que claro que o desmonte da Lava Jato era questão de tempo. Eu até poderia arriscar aqui um “eu já sabia”.
Nesta quarta-feira (07), durante cerimônia no Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro admitiu que acabou com a Lava Jato. “Queria dizer a essa imprensa maravilhosa nossa que eu não quero acabar com a Lava Jato… eu acabei com a Lava Jato”. Segundo ele, “porque não tem mais corrupção no governo”.
Bolsonaro complementou: “Eu sei que isso não é virtude, é obrigação. Para nós, fazemos um governo de peito aberto”. O ex-juiz Sérgio Moro alfinetou o presidente nas redes sociais, após a declaração: “As tentativas de acabar com a Lava Jato representam a volta da corrupção. É o triunfo da velha política e dos esquemas que destroem o Brasil e fragilizam a economia e a democracia. Esse filme é conhecido. Valerá a pena se transformar em uma criatura do pântano pelo poder?”.
E a Internet, claro, não perdoou. A hashtag na rede social Twitter “Bolsonaro criatura do pântano” é uma das mais compartilhadas desta quinta-feira (08). Já ía esquecendo de citar o peso que o apoio do chamado ‘Centrão’, cujos membros estão enrolados até o pescoço, teve nesse desmonte na Operação Lava Jato, ao se aconchegar nos braços do presidente. Eu diria que foi a “última pá de cal”.
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