Vereadores dissidentes? Partidos têm culpa sim

Os vereadores filiados ao Avante em João Pessoa continuam peitando (como diria “lá em nós”) à direção do partido. Primeiro foi Raíssa Lacerda, depois Chico do Sindicato, em seguida Professor Gabriel. Hoje, foi a vez de Dinho. Todos ao lado da pré-candidata apoiada pelo prefeito Luciano Cartaxo, Edilma Freire (PV). E com direito a foto.

Renato Martins, que é suplente, mas assumiu o mandato com a licença de Tanílson Soares, disse que respeita a decisão do partido, mas admite apoiar outro pré-candidato, no caso Nilvan Ferreira (MDB). Por falar em Tanílson, foi o único a ficar com o partido e comparecer ao anúncio do apoio a Cícero, na última quinta-feira.

Essa separação partido/candidato não é um problema apenas do Avante. Os partidos, nas últimas eleições, vêm perdendo o controle dos seus comandados com mandatos. A personificação das candidatas ganha força cada vez mais. E surgem, a partir disso, as separações. Ruim para os partidos políticos que perdem o sentido de existir dentro do processo democrático.

Os partidos políticos têm culpa no cartório porque se “oferecem” aos políticos, como se eles fossem a salvação da lavoura. Mas, o que seria de políticos se não fossem os partidos e todo o aparato que os cercam. É uma via de mão dupla. Mas, com o troca-troca de nome, de presidência e com muitas ideologias perdidas, seria preciso começar do zero.

Em todo o País, são 33 partidos aptos a disputar as eleições municipais deste ano. Mas, segundo dados do Tribunal Superior Eleitoral, mais de 80 agremiações tentam se viabilizar para criação. Vai faltar é número desse jeito, já tem que ser de 0 a 100. A verdade é que o partido se transformou apenas em porta de entrada. E, se um não aceitar, não falta quem aceite receber os dissidentes. E por aí, vai…

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