Dizer que Nilvan Ferreira foi “enganado” para a reunião com o senador Efraim Morais, presidente do União Brasil na Paraíba, não tem adesão. Não estamos lidando com “focas” da política. O encontro foi bom para os dois.
Para Efraim, que começa a demarcar território em João Pessoa, maior colégio eleitoral do estado, cujo comando é do prefeito Cícero Lucena e conta com apoio político e administrativo do governador João Azevêdo, a quem o senador faz oposição.
Entrar na Capital, significa mais um passo na caminhada do senador para 2026. Por mais que negue, Efraim já está em plena pré-campanha ao governo e isso não significa pedir votos, são as movimentações.
Um adendo – Se Efraim fez uma jogada, usando Nilvan, para que o prefeito de Cabedelo, VItor Hugo Castelliano, indique o irmão do senador, o deputado George Morais, a prefeito da cidade, fazendo “medo” a Cícero com a possível filiação do maior adversário, pode ser um tiro no pé. A questão é quem deve mais a quem: Efraim a Cícero ou Cícero a Efraim e, por tabela a Vítor Hugo?
Para Nilvan, que valoriza o passe já que foi “isolado” dentro do PL pelo grupo do presidente estadual, o deputado federal Wellington Roberto. Afinal, o União Brasil também tem tamanho e disputa parte do eleitorado com o PL. O comunicador chegou ao segundo turno nas eleições municipais de 2020. Perdeu por apenas 22 mil votos para Cícero.
Nas eleições para governador, ficou em terceiro lugar, sem recursos suficientes do fundo eleitoral, batendo o senador Veneziano Vital do Rêgo, que tinha a força do MDB, do PT e um fundão robusto para a campanha. Nilvan tem votos que podem ser úteis ao União Brasil.
Mais um adendo: Como Nilvan não tem mandato, a estratégia do PL é fazer com que o comunicador peça para sair. Diferente dos deputados Cabo Gilberto Silva e Walber Virgolino, que são úteis ao PL pelos votos. Eles têm tentado reverter a queda de braço, mas está difícil.
Voltando a uma sinalização de aliança entre os dois, com filiação ou não, é perfeitamente possível.
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