Se o ex-prefeito de Sapé Zé Feliciano pretende voltar à disputa pela prefeitura em 2024, já começou “perdendo”. Em um vídeo tosco, a esposa do político, Maria Tereza, insinua que o atual prefeito Major Sidney seria homossexual e o acusa de desviar recursos.
O curioso é que Feliciano apenas gesticula, monossilábico e concorda com a esposa. Parece ter perdido a “voz”. Será ela a concorrer pelo grupo? Sim, porque o vídeo tem cunho eleitoreiro. Em que pese, ele ou ela terem todo o direito de disputar a Prefeitura, mas a estratégia precisa melhorar.
A política, e os políticos principalmente, precisa ser reiniciada, tal qual computador quando quebra. Esse discurso empreendido pelos dois no vídeo é o retrato do atraso da velha política e que a grande maioria dos eleitores, ao longo das últimas eleições, tem condenado.
Primeiro, sexualidade não é condicionante para ser bom ou mau gestor. Pode ser homem, mulher, heterossexual ou homossexual. Violência política de gênero, preconceito, no mínimo. Cabe processo, inclusive.
Segundo, acusar alguém de desviar recursos públicos requer provas mínimas. Foi-se o tempo que o “ouvi dizer” valia como prova. Se existe indícios, o Ministério Público é o caminho certeiro. Se errou, que pague.
No video, Maria Tereza divulga um áudio de um suposto sargento “amigo” que diz que no quartel “todo mundo já sabia que o prefeito é gay”.
Major Sidney, através do advogado Rômulo Oliveira, foi à Justiça para pedir a remoção do vídeo e a juíza Andrea Costa Dantas B. Targino, da 2ª Vara Mista de Sapé, atendeu ao pleito. O Facebook também foi notificado para que o vídeo seja apagado dentro de um prazo de 48 horas.
““O PREFEITO quando ele saia com os vereadores, que eles sabiam com que eram, ficavam perguntando quais eram as posições que tinham feito, como foi? Como você que fez? Fazia assim, fazia de lado? Fez assim, fez assado? Isso era pergunta que deveria ter sido feita? Isso é a conversa do gabinete do prefeito…”, ultrapassa os limites da crítica à administração pública”, diz a juíza em sua decisão na última quinta-feira (13).
Essa política atrasada, seja em Sapé ou qualquer outra parte da Paraíba e do país, precisa ser condenada.
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